TRATADO DA LUZCINÉTICA

 

 

 

TRATADO DA LUZCINÉTICA

CONTROLE DA INÉRCIA FOTONIZAÇÃO DA MATÉRIA

 

 

 

 

GERSON DE MORAIS

 

 

SUMÁRIO

 

Introdução                                                      

 

1.0 Inercinética

1.1 Princípio de controle da inércia       

 

2.0 Inerciatividade

2.1 Controle de inércia da natureza       

2.2 O Universo em sete realidades espaço-temporais     2.3 Radiação, radiatividade e combustão                

2.4 Novo espectro de radiação e novos tipos de partículas elementares             

2.5 Gravitação: pressão cósmica da

subenergia                                              

2.6 O big bang em sete realidades espaço-temporais                                 

 

3.0 Inerciação

3.1 Propagação ondulatória de naves espaciais ultra velozes — viagens interestelares e intergalácticas         3.2 Fontes de energia e tração luzcinéticas                     3.3 A nave luzcinética                                                 

3.4 Tração gravitacional luzcinética 

3.5 Micro-ondas inerciativas: a supertração luzcinética                      

3.6 O bóson de Higgs                                                    3.7 Os cinco bósons da Luzcinética      

 

4.0 Inercização 

4.1 Inversões relativísticas e transmutações inerciativas: matéria taquionica inercizada                                                               

 

5.0 Inerciexoação 

5.1 Os óvnis                                                                                  

 

 

 

TRATADO DA LUZCINÉTICA

 

 

 

 

 

 

 

 

ALÉM DAVELOCIDADEDA LUZ

 

 

 

 

 

Tratado da Luzcinética

 

POR GERSON DE MORAIS

 

Introdução

 

O Tratado da Luzcinética é uma tese de física teórica composta por sete postulados de uma nova física, a física do controle da inércia, através do qual se pode controlar a massa, a energia, o espaço, o tempo e a velocidade da luz. Luzcinética, em uma só palavra, significa muitas coisas, mas essencialmente significa luz de velocidade alterada, que pode ser maior ou menor que c. O controle da inércia, que possibilita o controle da velocidade da luz e dos efeitos relativísticos, foi idealizado para a propagação ultra veloz de espaçonaves através do cosmo. Ou seja, o controle da inércia permite que naves espaciais acelerem tão violentamente quanto centenas de km/s², ou mesmo centenas de milhares de km/s², sem que a sua tripulação sofra os efeitos nocivos da reação inercial. Isso significa controlar o princípio de ação e reação. A primeira e a segunda leis de Newton continuam inalteradas. Na realidade, o princípio de controle da inércia não viola a terceira lei de Newton, apenas a contorna. A fundamentação do controle da inércia está baseada no princípio de movimentos simultâneos de Galileu Galilei, que diz que, se um corpo se encontra sob a ação de vários movimentos, cada um deles se realiza independentemente dos outros. Para que a inércia seja controlada, o corpo que acelera precisa deslocar-se através de trajetória ondulatória, ou seja, enquanto o corpo acelera linearmente em sentido longitudinal, ele deve realizar movimentos curvos transversais alternados (vai e vem), de forma a que os movimentos curvos gerem força centrífuga em sentido contrário à reação inercial da aceleração linear longitudinal. A trajetória do corpo então resulta em ondulatória. O primeiro postulado do Tratado, chamado Inercinética, descreve em pormenores como se processa o controle da inércia por meio de deslocamento acelerado através de trajetória ondulatória.

 

 

 

 

INÉRCIA — DEFINIÇÃO: A INÉRCIA DE UM CORPO É FUNÇÃO DO SEU PRÓPRIO CAMPO GRAVITACIONAL. UM CORPO QUE ACELERA, POR EXEMPLO, AUMENTA DE VELOCIDADE, MAS O SEU CAMPO GRAVITACIONAL NÃO, POIS O CAMPO GRAVITACIONAL JÁ EMANA NA VELOCIDADE MÁXIMA, C. O CORPO QUE ACELERA, ENTÃO, SE DESLOCA DENTRO DO SEU PRÓPRIO CAMPO GRAVITACIONAL, PRODUZINDO UMA DISTORÇÃO NO PRÓPRIO CAMPO GRAVITACIONAL; NA SUA FRENTE O CAMPO SE CONTRAI, EMPURRANDO O CORPO PARA TRÁS; NA SUA TRASEIRA O CAMPO SE DILATA, PUXANDO O CORPO TAMBÉM PARA TRÁS. O CAMPO GRAVITACIONAL DE UM CORPO QUALQUER ALCANÇA MILHÕES OU BILHÕES DE QUILÔMETROS; A DISTORÇÃO PRODUZIDA NO CAMPO PELO CORPO QUE AUMENTA DE VELOCIDADE SE PROPAGA, NA VELOCIDADE DA LUZ, POR TODA A EXTENSÃO DE MILHÕES OU BILHÕES DE QUILÔMETROS DO CAMPO; PARA PODER SE DESLOCAR, O CORPO DEVE ENFRENTAR TODA A EXTENSÃO DO SEU PRÓPRIO CAMPO DISTORCIDO.

 

O controle da inércia tem repercussões sobre a massa, a energia, a velocidade, o espaço e o tempo, de forma que se pode falar em uma Relatividade-Inerciativa, que é como uma extensão da Relatividade ou um hiper ou ultra relativismo. À Relatividade-Inerciativa dei o nome de Luzatividade. A Luzatividade, ao reduzir a inércia de um corpo (ela pode também aumentar), reduz a sua massa, ao passo que conseqüentemente aumenta a sua energia, aumenta a sua velocidade e adia os efeitos de contração espacial e dilatação temporal. Esse adiamento da verificação dos efeitos relativísticos de espaço e tempo acontecem devido ao aumento do limite da velocidade da luz (de onde surge a luzcinética), o que equivale a dizer que a barreira da velocidade da luz acontece numa velocidade maior que c. Pela Luzatividade, a velocidade da luz será igual a c / inércia. Por exemplo, se a inércia é reduzida 100 vezes, a velocidade da luz aumenta 100 vezes, e a barreira da velocidade da luz acontece a 100 c. Se, por outro lado, a inércia é aumentada, a velocidade da luz diminui. Por exemplo, se a inércia é aumentada 100 vezes, a velocidade da luz diminui 100 vezes. Nesse caso a barreira da velocidade da luz acontece a 0,01 c. O mais interessante para a propagação de espaçonaves é a redução da inércia. Com a redução da inércia, uma espaçonave poderá viajar até uma distante estrela e retornar sem que na Terra se tenha passado muito tempo. Na verdade, através da Inercinética, a inércia pode ser reduzida a zero, caso em que a travessia de qualquer distância será realizada, idealmente, em tempo zero. E a redução da inércia, com conseqüente redução da massa, corresponde a um conseqüente aumento do potencial energético da matéria, ou seja, quando a massa se reduz, ela é convertida em energia. Assim, a Luzatividade produz a fotonização da matéria. Se a inércia for aumentada, acontece o contrário, ou seja, ocorre a massificação da matéria, processo pelo qual a energia da matéria é convertida em massa. Com a redução da inércia, as reações químicas e nucleares liberarão muito mais energia, do que uma espaçonave poderá se aproveitar para propelir-se através de travessias interestelares e até intergalácticas.

Toda vez que a inércia é manipulada, o corpo inerciativo adentra uma realidade espaço-temporal diferente da nossa. Basicamente, é possível desenvolver sete tipos diferentes de inércia, cada um arremetendo o corpo inerciativo (espaçonave luzcinética) a um espaço-tempo diferente, ou seja, além do nosso espaço-tempo, o espaço-tempo einsteiniano, deve haver mais seis espaços-tempos diferentes, cada um regido por sua própria modalidade de leis da Luzatividade. E, em cada espaço-tempo, a Terra, assim como os outros planetas, o sol e todas as outras estrelas, deve haver um astro correspondente, ou seja, a Terra, os outros planetas, o sol e as outras estrelas, devem coexistir com outros seis astros espaço-temporalmente sobrepostos. Ou seja, os planetas e as estrelas devem ser não apenas um astro cada um, mas sete mundos ou astros paralelos. Dessa forma, a Terra, Vênus, Marte, ou qualquer outro planeta, pode, talvez, ser habitado fora do nosso espaço-tempo. E de um (ou de vários) desses mundos paralelos podem estar chegando até nós espaçonaves de outras civilizações inteligentes. O fato de nenhuma delas ter-se apresentado abertamente até agora tem seus sérios motivos. Nas páginas que se seguem a esta introdução descrevo o Tratado da Luzcinética até o seu quinto postulado. O restante ainda precisa ser escrito, e tem mais repercussões religiosas do que científicas.

Sei que o Tratado pode parecer fantástico, parecer mais ficção científica do que física séria, especialmente quando se depara com as nomenclaturas empregadas para os diferentes espaços-tempos, como interespaço (o nosso espaço-tempo), subespaço (um espaço-tempo inferior ao nosso), superespaço (um espaço-tempo superior ao nosso), e os outros, como hiperespaço (espaço-tempo mais superior central e único), superverso (oposição simétrica do superespaço), interverso (oposição simétrica do interespaço) e subverso (oposição simétrica do subespaço), mas os nomes apenas significam quais as modalidades de leis da Luzatividade devem ser empregadas para cada espaço-tempo. Com as diferentes possibilidades de natureza inercial (que podem ser, no subespaço, inércia maior que +1, no interespaço — o nosso espaço-tempo — inércia +1, no superespaço inércia menor que +1 e maior que zero, no hiperespaço inércia zero, e no lado negativo do Universo, o Antiverso, o subverso com inércia maior que -1, no interverso inércia -1 — onde existe a antimatéria — e no superverso inércia menor que -1 e maior que zero) era necessário identificar e definir cada espaço-tempo, ainda mais que  cada um corresponde a uma realidade espaço-temporal diferente, como ficará evidente da aplicação das equações relativísticas sobre parâmetros físicos diferentes dos do nosso espaço-tempo. Esses parâmetros físicos são ditados pela natureza inercial, que determina a velocidade da luz e conseqüentemente os efeitos relativísticos específicos a cada espaço-tempo, restabelecendo um novo empirismo de leis e fenômenos para cada um. Talvez o fato de que a Relatividade é flagrantemente ultrapassada seja perturbador, mas também é flagrante o fato de que ela continua sendo aplicada para reger as leis de naturezas que ocorrem além da velocidade c (e aquém), além do que, há muitos anos a própria Relatividade já vinha anunciando a sua própria evolução, conforme vários físicos já salientavam experimentos que comprovam a quebra da barreira da velocidade da luz, em condições especiais. Além disso, deve-se entender com muita clareza que uma teoria que não tem condições de se aperfeiçoar, que não possa prever a própria evolução, já se torna uma teoria sepultada desde o seu nascimento, pois a evolução nunca pode parar, nem uma teoria pode parar a evolução da ciência. Era, portanto, desde muitos anos, esperado que a ciência, a física, não parasse quando parassem os físicos e as teorias, e que a Relatividade não fosse o ápice da física, pois se fosse deixaria muitos problemas sem solução. As esperanças da maioria dos físicos morriam na barreira da velocidade da luz, mas alguns poucos mantinham a esperança viva. Um exemplo é a teoria do taquion. Na verdade este é o melhor exemplo teórico para justificar a existência da natureza além da velocidade da luz. No decorrer das páginas que se seguem a esta introdução se verá que o taquion pode ser produzido pela Inerciatividade (segundo postulado deste Tratado), assim como também pode ser produzida a antimatéria.

Então, se o Tratado tem uma fundamentação baseada em teorias já comprovadas experimentalmente, e não viola as leis já conhecidas, mas sim encontra novos caminhos por onde evoluir, o que dizer do seu autor, um estudante autodidata de física sem formação acadêmica, sem certificados de qualificação e sem credenciais. Deixarei o meu trabalho falar por mim. Não quero convencer ninguém, e ninguém me convencerá do contrário do que proponho, até que os devidos experimentos sejam realizados de forma adequada por vários, muitos físicos, em diferentes laboratórios e em diversas condições, pois a Teoria é vasta e se aplica à diversas áreas da ciência e da tecnologia.

Quanto a como a Teoria poderia ser testada, existem duas formas. Uma é a confecção de uma sonda inerciativa programada, ou seja, uma micro espaçonave dotada de propulsão por retro exaustão, cuja fonte de energia poderia ser baseada em reação de combustível químico. A sonda inerciativa seria programada para entrar em inerciação e reduzir a inércia, adentrando o superespaço, com velocidade que não precisaria ser superior a c; a sonda deveria, ao entrar em inerciação, desaparecer do nosso espaço-tempo, para logo em seguida, conforme a programação, retornar ao nosso espaço-tempo. Se a sonda desaparecesse, mas não retornasse, a teoria já estaria comprovada. Se a sonda não desaparecesse, mas acelerasse mais que o normal, a teoria também seria comprovada. A outra forma de testar a Teoria seria através de um acelerador de partículas especial. Um acelerador de partículas teria que fazer uso de onduladores para fazer ondular as partículas aceleradas no interior do acelerador, e teria de ser de uma forma correta, ou seja, precisaria haver total sincronismo entre o movimento linear acelerado longitudinal e o movimento curvo de velocidade constante transversal alternado (movimento ondulatório). Cada semi-onda precisaria ser realizada no exato espaço de uma seção aceleradora, e cada seção aceleradora seguinte deveria ter uma extensão maior que a anterior. Com inerciação redutora de inércia, a partícula deveria acelerar muito mais rápido do que o normal. Para tanto, ou seja, para que o experimento surta este efeito, deve-se admitir que a energia emanada do acelerador para a partícula teria velocidade que dependeria da inércia da partícula, isto é, que, por exemplo, se a partícula desenvolvesse inércia +0,01, o eletromagnetismo oriundo do acelerador seria recebido pela partícula com uma velocidade de 100 c. Nesse caso, o resultado do experimento deverá ser uma aceleração 100 vezes maior que o normal — possivelmente a partícula escaparia da detecção dos instrumentos. Se, no entanto, o acelerador se mostrasse incapaz de acelerar a partícula, não significaria fracasso de experimento; significaria que, à medida que a inércia da partícula diminuísse, diminuiria a interação energética entre a partícula e o acelerador, pois a partícula tenderia a se afastar do nosso espaço-tempo, perdendo contato espaço-temporal, enquanto que o acelerador continuaria permanecendo no nosso espaço-tempo. Isso, além de comprovar a Teoria, comprovaria também que a energia de um espaço-tempo não afeta a matéria em outro espaço-tempo.

 

              

1.0 Inercinética

 

1.1 Princípio de controle da inércia

 

Fundamentando-se no princípio de independência dos movimentos simultâneos, de Galileu Galilei, é possível enunciar a Inercinética ou princípio de controle da inércia:

 

 

Qualquer corpo material, impulsionado por um movimento retilíneo acelerado longitudinal e por um movimento curvo transversal alternado de velocidade constante, simultâneos, sincronizados, terá a inércia dominada.

 

 

E, sendo a massa uma medida de inércia, dominada a inércia domina-se a massa. O princípio de ação e reação pode então ser controlado. Ou seja, a reação de um impulso (movimento acelerado), a inércia (manifesta através da força peso), pode ser reduzida, neutralizada ou aumentada. Através da Inercinética, que estabelece a Inerciação ou propagação inerciante (ver capitulo 3), torna-se possível a um veiculo — uma nave — acelerar violentamente, por longo período de tempo, sem que a sua tripulação, e a sua estrutura, sofram os efeitos da inércia (manifesta através do aumento de peso). A força peso é o agente pelo qual se manifesta na matéria o efeito de aumento de massa — a massa relativística — porque a força peso provem da aceleração de um campo gravitacional, que, no veiculo que acelera, é oriundo da distorção do campo gravitacional da própria massa do veiculo, ou seja, conforme o veiculo acelera, aumenta de velocidade — mas o seu campo gravitacional não. Isso produz distorção do campo gravitacional da massa do próprio veiculo; o veiculo deve enfrentar, à sua frente, o seu próprio campo gravitacional, que se contrai e o empurra para trás; e à sua traseira, o campo gravitacional que se dilata, puxando-o também para trás. Daí provem a inércia. A qual se faz sentir através da força peso.

O controle da inércia tem implicações sobre os efeitos relativísticos não só de massa, mas também de energia, espaço e tempo, mesmo em velocidades normais do cotidiano, muitíssimo menores que a da luz. O controle da inércia afeta tanto a massa, a energia, o espaço e o tempo, simultaneamente, porque todos estão sujeitos aos mesmos princípios relativísticos — que estão sujeitos aos princípios da Luzcinética (ver capitulo 2, Inerciatividade e capitulo 3, Inerciação). A Inercinética é, no entanto, somente a cinemática da Luzcinética. E não trata dos efeitos relativísticos-inerciativos. Esses efeitos são descritos em duas partes na Luzcinética, pela Inerciatividade, que é o controle de inércia da natureza sobre os elementos (capitulo 2), e pela Inerciação, que é a técnica pela qual se realiza a propagação de naves espaciais em trajetória ondulatória (capitulo 3). Quanto a Inercinética, segue-se um exemplo elucidativo:

 

 

Um móvel inerciativo, partindo de uma velocidade de 156,493m/s realiza uma curva de raio 2499m durante 90o, num período de 25,083s, ao mesmo tempo em que acelera a 9,8m/s2 numa trajetória retilínea com ângulo de 90o em relação à linha do movimento curvo, conforme a ilustração:

 

 

Ilustração 1

 

A distância longitudinal linear percorrida pelo móvel inerciativo desde o instante zero até o instante 25,083 s ou seja, a distância linear do centro da curva até o instante 25,083 s será a soma do comprimento do raio com a distância que o móvel percorre ao acelerar para fora da curva, e pode ser calculada como se segue:

 

Tempo² • (aceleração / 2) + raio = distância

25,083² • (9,8 / 2) + 2 499 = 5 581,868 756 m

 

 

O móvel parte de velocidade zero no movimento acelerado (impulso) retilíneo longitudinal (na ilustração 1 esse impulso retilíneo é direcionado para fora da curva de raio 2 499 m), mas, no movimento curvo transversal, no instante zero o móvel já se encontra animado de uma velocidade constante de 156,493m/s; ao fim de 25,083s, o móvel, que acelerava uniformemente a 9,8m/s², alcança a velocidade de 245,819m/s, deslocando-se longitudinalmente do centro da curva, desde o instante zero, 5 581,868 756 m, pela trajetória que na ilustração é a parábola maior (trajetória resultante). Essa distância é o espaço percorrido pelo móvel inerciativo e representa o afastamento do centro da curva em linha reta. Como o movimento de velocidade constante de 156,493m/s é curvo e tem raio de 2499m, produz uma aceleração centrípeta de 9,8m/s², no sentido oposto ao impulso retilíneo longitudinal, que também se faz a 9,8m/s². A reação da aceleração centrípeta se opõe à reação da aceleração retilínea, ou seja, a força centrífuga do movimento curvo (que é transversal ao movimento retilíneo) contrabalança a força peso do impulso acelerado retilíneo, neutralizando totalmente a inércia.

Ao fim de 25,083s o móvel terá percorrido um trajeto com forma semelhante à de ¼ de elipse (¼ de onda). Nesse instante o movimento curvo transversal deve ser invertido, fazendo-se com a velocidade resultante dos dois movimentos, que estão em defasagem de 90o, o de 156,493m/s, transversal à trajetória, e o de 245,819m/s, longitudinal à trajetória. A velocidade resultante final pode ser calculada pelo teorema de Pitágoras:

 

 

√ (156,493²+ 245,819²) = 291,405 284 500 m/s

 

 

O movimento resultante, de velocidade 291,405m/s, tem direção de ângulo determinado que traça uma trajetória que se afasta daquela do impulso longitudinal de 9,8m/s². Esse ângulo pode ser calculado conforme se segue:

 

 

Tangente-1 • (156,493/245,819) = 32,481o

 

 

A trajetória resultante é mostrada na ilustração seguinte:

 

 

 

 

Ilustração 2

 

O próximo movimento curvo então parte do início da trajetória resultante, sem intervalo de tempo, por mais um período de 25,083s, em sentido inverso ao do primeiro movimento curvo, como mostra a ilustração 3:

Ilustração 3

 

O raio desse segundo movimento curvo, que se realiza a 291, 405 284 500 m/s, é de 4 653,368 147 m, e pode ser calculado através da seguinte fórmula:                                                                         

Velocidade da curvatura • tempo da curvatura • 4 / 2π

 

Ou seja:

 

291,405 • 25,0836 • 4 / 6,28318 = 4 653,368 147m

 

Como se percebe, o raio da curvatura do movimento transversal é grande. Isso é devido a dois fatores. Um é a pequena taxa de aceleração (9,8m/s²). O outro fator é o fato de que, com pequenos raios, o movimento curvo produziria considerável diferença de força centrífuga entre um extremo e outro do móvel, o que causaria efeitos nocivos à tripulação do móvel. Em casos extremos, a diferença de força centrífuga entre os dois extremos do móvel geraria uma força de maré gravitacional capaz até de comprometer a integridade da estrutura do móvel, despedaçando-o, e com ele a sua tripulação.

A velocidade ao fim do impulso inerciativo é calculada pela velocidade do movimento curvo transversal e pela velocidade da aceleração linear longitudinal, conforme o teorema de Pitágoras. A aceleração do impulso linear pode ser calculada pela fórmula seguinte:

 

(velocidade da curvatura)² / raio da curvatura

 

Que, no segundo estágio inerciativo equivale a:

 

(291,405)² / 4 653,368 = 18,248m/s²

                 

          A velocidade alcançada na aceleração linear dependerá da aceleração, que pode ser calculada pela fórmula:

 

Aceleração • tempo da curvatura

 

Que, no segundo estágio inerciativo corresponde a:

 

18,248 • 25,0836 = 457,739m/s²

 

Com velocidade de 291,405m/s e raio de 4 653,368 m, a segunda curvatura possibilita um impulso com aceleração de 18,248m/s², 1,862 vezes maior que o impulso do primeiro estágio inerciativo, que era de 9,8m/s².

Ao fim de mais 25,083s, no segundo estágio inerciativo, a velocidade do móvel será de 457,739m/s, em sentido longitudinal. A velocidade resultante, ao fim do segundo estágio, quando então começa o terceiro estágio inerciativo, é de:

          

√ (291,405² + 457,739²) = 542,625m/s

 

Num raio de:

 

542,625 • 25,0836 • 4 / 6,28318 = 8 665,035m

 

Permitindo um impulso linear de aceleração, no início do terceiro estagio, de:

 

542,625² / 8665,035 = 33,980m/s²

 

Ao fim do terceiro estágio inerciativo a velocidade linear será de:

 

25,0836 • 33,980 = 852,340m/s

 

Que é 1,862 vezes maior que a velocidade do impulso linear do segundo estágio. E a velocidade resultante da composição do movimento curvo com o impulso linear, ao fim do terceiro estágio será de:

           

√ (542,625² + 852,340²) =1010,409m/s

 

Prossegue-se então assim sucessivamente, alternando o sentido da curvatura transversal, até que se alcance a aceleração máxima desejada. A cada curvatura + impulso chama-se estágio inerciativo, e a passagem de um para o outro se chama de transição inerciativa que, idealmente, deve ser realizada em tempo zero. Na prática, no entanto, algum tempo, mesmo que ínfimo, transcorrerá. A cada transição deve corresponder um choque espaço-temporal, que deve ser reduzido ao máximo, através de transições sempre muito rápidas.

Sendo a velocidade resultante do primeiro estágio inerciativo de 291,405m/s, e o aumento da velocidade resultante, a cada novo estágio, de 1,862 vezes, ao fim de vigésimo estágio, por exemplo, a velocidade resultante do móvel será:

 

291,405 • 1,86219 = 39 274 517,250m/s

 

A velocidade de curvatura, no vigésimo estágio será de:

 

156,493 • 1,86219     

 

Sendo a aceleração, durante o vigésimo estágio, de:

          

9,8 • 1,86219 = 1 320 808,734m/s²

 

Como a trajetória é ondulatória, a aceleração e a velocidade eficazes estarão sujeitas à defasagem dos 32,481º, que corresponde a uma eficiência de:

 

Co-seno 32,481º = 0,84356

 

39 274 517,250 • 0,84356 = 33 130 787,810m/s (velocidade eficaz)

 

1 320 808,734 • 0,84356 = 1 114 194,062m/s² (aceleração eficaz)

 

Tanto a velocidade quanto a aceleração eficaz, que são alcançadas em vinte estágios inerciativos, no caso do exemplo, demoram 20 • 25,0836s = 501,672s (8,361min). A distância percorrida será a soma das distâncias percorridas em cada estagio inerciativo, sendo que no primeiro estágio a distância percorrida pode ser calculada conforme a fórmula:

           

Raio + (tempo² • (aceleração / 2)) = distância

         

          2 499 + (25,083² • (9,8 / 2)) = 5 581,868 756 m

 

A distância percorrida nos próximos estágios será sempre 1,862 vezes a distância do estágio anterior, e a soma de todas as distâncias de todos os estágios será calculada como se segue:

 

Distância do primeiro estágio • 1,862 elevado a estágios • co-seno 32,481º

 

5 581,868 756 • 1,86219 • co-seno = 634 620 920,5 m

 

Que, em 501,672s dá uma média de 1 250 011,642 m /s ou 4 554 041,912 km/h.

 

A aceleração de 1 320 808,734m/s² equivale a 134 776,401 vezes a aceleração da gravidade terrestre. Tal aceleração seria altamente destrutiva se não fosse a Inercinética. Como descrito neste exemplo da Inercinética, toda a reação inercial é neutralizada. No capitulo 3 serão vistas formas de inerciação diferentes, adequadas à específicas manobras inerciativas.

Alcançada a aceleração desejada, o móvel deixa de aumentar de aceleração, mas continua a acelerar uniformemente, realizando os movimentos inerciativos para que a reação inercial continue a ser neutralizada. Para manter a aceleração uniforme, o móvel deve realizar os movimentos curvos com raio 1,862² vezes maior do que seria para continuar a aumentar a aceleração. Ao vigésimo estágio inerciativo, o raio da curvatura transversal será de:

 

Raio do primeiro estágio • 1,86219

 

2499 • 1,86219 = 336 806 227,1m

 

Para manter a aceleração de 1 320 808,734m/s², o raio do próximo estágio será de:

 

336 806 227,1 • 1,862² = 1 167 722 009m

 

E o próximo estágio terá um raio de:

 

1 167 722 009 • 1,862² = 4 048 543 584m

 

A velocidade da curvatura no vigésimo estágio será de:

 

156,493 • 1,86219 = 21 091 624,08m/s

 

Para manter a aceleração uniforme de 1 320 808,734m/s², o raio do vigésimo primeiro estágio será, conforme acima descrito, 1,862² vezes maior do que no vigésimo estágio, ou seja, 1 167 722 009m, porque a velocidade da curvatura será 1,862 vezes maior, 39 272 604,03m/s. A equação seguinte confirma o descrito:

 

39 272 604,03² / 1 167 722 009 = 1 320 808,734 m/s²

           

A neutralização da reação dos impulsos não precisa necessariamente ser total. Pode-se manter uma reação residual de 9,8m/s² para simular a gravitação terrestre no interior do móvel. 9,8m/s² em 1 320 808,734 equivalem a uma inércia de 0,000 007 419 696 (9,8 / 1 320 808,734), e é indicada por i = +0,000 007 419 696. Mais adiante, no capitulo 3, serão descritas as implicações da inclusão de i nas equações relativísticas, e se verá que o seu valor deve ser escolhido conforme os efeitos inerciativos esperados para o móvel em operação inerciativa. 

 

Este é um exemplo para a Inercinética, que, como já descrito, é somente a cinemática da Luzcinética, mas fundamenta as duas formas básicas de Inerciação, que são a radial e a axial, sendo que neste exemplo se considerou a radial, cujas características são o fato de que os raios necessários para as curvaturas são muito grandes e o fato de que o móvel, na sua trajetória ondulatória, vai tombando e destombando a cada estágio inerciativo. Já na Inerciação axial os raios das curvaturas podem ser muito menores, assim como o tamanho das curvas, ou seja, a freqüência pode ser muito maior e a amplitude muito menor, além do que o móvel não tomba pela trajetória ondulatória, mantendo sua dianteira sempre voltada para a direção do deslocamento. A trajetória em onda da propagação inerciante axial tem o mesmo formato que a trajetória em onda da propagação inerciante radial, com a diferença de freqüência e amplitude, e por isso a propagação inerciante axial é preferível em vez da radial. A Inerciação axial será descrita no capitulo 3. O princípio de controle de inércia apresentado tem por objetivo a artificialização da inércia. Após a sua idealização percebeu-se já existir na natureza um princípio de controle de inércia. É o caso da Inerciatividade, o segundo postulado da Luzcinética.

 

2.0 Inerciatividade

 

2.1 Controle de inércia da natureza

 

A Inerciatividade é um fenômeno inercinético natural, que ocorre de forma espontânea, produzindo sete manifestações diferentes da matéria, em sete espaços-tempos distintos. Cada espaço-tempo é uma existência diferente da realidade, cada uma com sua própria natureza e com suas próprias leis. A Luzcinética abrange todas as sete naturezas com todas as suas leis, e é a lei suprema. No espaço-tempo conhecido (Universo einsteiniano) a lei suprema é a luz, simbolizada por c. A Luzcinética é simbolizada por ci, e representa a luz com diferentes velocidades, menores ou maiores que c. As sete formas de inerciatividade dão origem aos sete espaços-tempos, divididos em duas faces existenciais, uma sendo o lado positivo do Universo, no centro do qual está situado o interespaço (o nosso espaço-tempo), de inércia +1, e o outro lado sendo o lado negativo do Universo, chamado Antiverso, no centro do qual está situado o interverso, em oposição simétrica ao interespaço, com inércia -1. No Universo existe ainda o espaço-tempo inferior ao interespaço, chamado subespaço, de inércia múltipla maior que +1, e o espaço-tempo superior ao interespaço, chamado superespaço, de inércia fracionária menor que +1 e maior que zero. No Antiverso, em oposição simétrica ao subespaço, há o subverso, de inércia múltipla maior que -1, e em oposição simétrica ao superespaço, há o superverso, de inércia fracionária maior que zero e menor que -1. E, entre as duas faces positiva e negativa, há o hiperespaço, de inércia zero absoluto.

A Inerciatividade, sendo um fenômeno natural, produz sete modalidades de inercinética. Aquela descrita no exemplo do capitulo 1 seria a modalidade que arremeteria ao hiperespaço, pois a inércia praticada era zero absoluto, isto é, toda a reação inercial era neutralizada, em exatos 100%. A inercinética do interespaço (o nosso espaço-tempo) é dita estática, pois não reduz nem aumenta a inércia. A inercinética é dinâmica quando um móvel precisa passar de um espaço-tempo para outro. Com inercinética dinâmica (Inerciação ativa), ao alcançar a velocidade de ci/√2, o móvel pode desativar a Inerciação e a inercinética passa para estática. O móvel permanecerá no espaço-tempo no qual penetrou sem desenvolver a inercinética. Na verdade, inercinética estática é ausência de Inerciação.

A inerciação natural (inerciatividade) é produzida pela propagação natural das partículas elementares através de trajetórias ondulatórias, que podem ser não somente bidimensionais, mas talvez também tridimensionais. A propagação das partículas elementares através de trajetórias ondulatórias é causada pela projeção (arremesso) das partículas por forças que atuam de forma assimétrica no impulso das partículas, fazendo com que estas rodem (girem/rotacionem) sobre eixos assimétricos, de forma que geram força centrífuga vibratória, pois o eixo de rotação das partículas está fora do centro de massa.  Somando o movimento longitudinal do arremesso da partícula com a rotação com eixo fora de centro, resulta em deslocamento através de trajetória ondulatória. O formato de onda da partícula poderá ser um e produzir diferentes modos de inercinética. Cada modo (são no total sete) determinará à que espaço-tempo a partícula será transposta. Um dos modos é a inercinética dinâmica neutra (caso do exemplo do capítulo 1), em que 100% da inércia é neutralizada. Este modo de inercinética arremete ao hiperespaço. Outro modo de inercinética natural compensa apenas parcialmente a inércia (menos que 100% e mais que 0%), produzindo inércia fracionária positiva, que introduz a partícula no superespaço. A inerciatividade também pode aumentar a inércia da partícula, quando a compensação da inércia for invertida, ou seja, quando a compensação for maior que -100%. Desse modo a partícula é introduzida no subespaço. No antiverso, em oposição simétrica à inerciatividade do superespaço, a inércia pode ser mais que 100% compensada, até menos que 200%, e a partícula é introduzida no superverso, quando então a inércia torna-se fracionária negativa. Com inerciatividade de compensação de exatos 200%, a inércia torna-se exatamente inversa a do interespaço, ou seja, -1, e a partícula adentrará o interverso, que é oposição simétrica do interespaço. E, com inerciatividade de compensação de mais de 200%, a inércia torna-se múltipla negativa, e a partícula adentra o subverso.

Um exemplo de inerciatividade de inércia neutra, numa partícula, pode ser dado como, por exemplo, quando uma partícula é arremessada a 150 000 000m/s², com um movimento de rotação com eixo fora de centro tal que o raio do movimento curvo transversal seja de, digamos, 0,000 003m, que corresponde ao comprimento de onda de uma freqüência de 1014 Hz (freqüência de luz visível). Para compensar 100% dos 150 000 000m/s² de reação, num raio de curvatura transversal de 0,000 003 m, a velocidade da curvatura deverá ser de 21,213 203 440 m/s, conforme se pode calcular pela equação:

 

21,213 203 440² / 0,000 003 = 150 000 000 m/s²

 

A partícula será acelerada até alcançar a velocidade de ci/√2, quando então possivelmente passará à inercinética estática. Como se trata de inerciatividade que introduz a partícula no hiperespaço, ci será a velocidade de quando a inerciatividade ainda não compensava 100% da reação, ou seja, equivalente a uma inerciatividade de inércia fracionária do superespaço, porque ci é igual a c/i, e se i for zero (caso da inerciatividade de inércia neutra) ci tornar-se-ia infinita, o que na realidade não acontece.

A inerciatividade de inércia fracionaria positiva, respectiva à natureza espaço-temporal do superespaço, para a mesma partícula acelerada a 150 000 000m/s² e com raio de curvatura de 0,000 003m, seria, por exemplo, uma compensação de 90% dos 150 000 000m/s², ou seja, 135 000 000m/s². A velocidade da curvatura seria então menor que 21,213 203 440m/s, equivalente a √0,9 dessa velocidade, ou seja, 20,124 611 800m/s, produzindo a inércia fracionária positiva de +0,1, porque 0,9 foi compensada, conforme se pode constatar pela equação:

 

20,124 611 800² / 0,000 003 = 135 000 000m/s² (= 0,9 • 150 000 000)

 

No antiverso, a inerciatividade em oposição simétrica a este exemplo do superespaço, a compensação da reação teria uma aceleração centrípeta de 150 000 000m/s² • 1,9, isto é, de 285 000 000/s², e a velocidade de curvatura transversal seria de 29,240 383 303 m/s, produzindo uma inércia fracionária negativa de -0,1, introduzindo a partícula no superverso:

 

29,240 383 303² / 0,000 003 = 285 000 000 m/s² (= 150 000 000 • 1,9)

 

No antiverso, a inerciatividade em oposição simétrica à inerciatividade do interespaço, respectiva à natureza espaço-temporal do interverso, para a mesma partícula com o mesmo raio de curvatura, teria uma compensação inercial de exatos 200%, ou seja, 300 000 000m/s². A velocidade de curvatura seria de 30,000m/s, produzindo uma inércia unitária negativa de -1:

 

30² / 0,000 003 = 300 000 000 (= 150 000 000 • 200%)

 

A inerciatividade de inércia múltipla positiva, respectiva à natureza espaço-temporal do subespaço, para a mesma partícula do exemplo, seria, por exemplo, uma compensação de -110%, ou seja, a produção de uma reação de -165 000 000m/s², que é um aumento de 15 000 000 m/s² na reação de 150 000 000m/s². Para isso a curvatura deve estar voltada contra o sentido de deslocamento da partícula (para trás). Com o mesmo raio de curvatura, de 0,000 003m, a velocidade da curvatura será de 6,708 203 933 m/s, produzindo a reação adicional de mais 15 000 000 m/s² e uma inércia de +1,1:

 

6,708 203 933² / 0,000 003= 15 000 000/s² (+ 150 000 000)

 

No antiverso, a inerciatividade em oposição simétrica a este exemplo do subespaço, a compensação da reação teria uma aceleração centrípeta de 150 000 000m/s² • (2,1), isto é, de 315 000 000 m/s², e a velocidade de curvatura transversal seria de 30,740 852 3 m/s, produzindo uma inércia múltipla negativa de -1,1, introduzindo a partícula no subverso:

 

30,740 852 3² / 0,000 003 = 315 000 000 m/s²

 

O que produz a inerciatividade numa partícula, como já descrito, é a sua trajetória ondulatória, e o que produz a propagação da partícula em tal trajetória é a sua ejeção acelerada linear, com movimento de rotação com eixo fora de centro, fazendo-a vibrar através do seu deslocamento linear. Além da trajetória ondulatória bidimensional ou plana, a inerciatividade pode fazer uma partícula deslocar-se através de trajetória ondulatória tridimensional ou espiral helicoidal. No entanto, a inercinética considerada neste tratado é somente a bidimensional ou plana, pois é suficiente para os objetivos deste tratado, que são as viagens interestelares e intergalácticas em tempo reduzido. A técnica propriamente dita para a realização da propagação ondulatória inerciativa será tratada no próximo capitulo.

 

2.2 O Universo em sete realidades espaço-temporais

 

Como visto no sub-capítulo anterior, existem sete formas distintas de inerciatividade, cada uma produzindo uma manifestação espaço-temporal específica. Elas estão relacionadas à que intensidade a inércia é compensada — reduzida ou aumentada. A tabela a seguir resume as características inerciativas dos sete espaços-tempos:

 

Espaço-tempo     Compensação inerciativa     Inércia

 

Subespaço            maior que -100%                   maior que +1

 

Interespaço          neutra                                     +1

 

Superespaço        maior que zero e                    menor que +1       

                                         menor que 100%                   e maior que

                                                                                        zero

 

Hiperespaço       100%                                        zero

 

Superverso          maior que 100%                     maior que zero  

                               e menor que 200%                 e menor que -1

 

Interverso            200%                                      -1

 

Subverso             maior que 200%                     maior que -1

 

Essas são as características de inerciação que o móvel inerciativo precisa desenvolver, a partir do interespaço, para adentrar outros espaços-tempos. A partir de outros espaços-tempos a inerciação deve ser correspondente às características do espaço-tempo em o móvel inerciativo se encontra em relação às características do espaço-tempo ao qual se destina.

 

Partindo do interespaço, que é o espaço-tempo conhecido (Universo einsteiniano), uma nave inerciativa, ao acelerar linearmente para frente e produzir os movimentos curvos transversais voltados para trás, de forma que a força centrífuga coincida em direção e sentido com a força peso da reação da aceleração linear para frente, a massa do móvel inerciativo aumentará a sua inércia e a nave adentrará o subespaço. A força centrífuga dos movimentos curvos transversais, direcionada para trás, sendo maior que a força peso da aceleração linear para frente, não desloca o móvel inerciativo para trás, uma vez que a inerciação não produz propulsão, apenas modula esta em trajetória ondulatória. Com inércia aumentada, o relativismo será afetado. Em primeiro lugar, a velocidade da luz diminuirá. Se, por exemplo, a inércia da nave for +100, c será igual a c / 100, ou seja = 3 000 km/s, e será representada por ci = 3 000 km/s. Para uma inércia de +100, a compensação inercial deve ser de -10 100%.  A massa aumentará cem vezes, e a energia cinética diminuirá cem vezes; o momento se manterá inalterado. A velocidade que o móvel inerciativo desenvolvia no interespaço se reduzirá cem vezes. O potencial energético da matéria com inércia +100 diminui cem vezes (o eletromagnetismo se torna cem vezes menos intenso), e reações químicas e nucleares liberam cem vezes menos energia. A energia cinética se reduz 100 vezes. Para o móvel inerciativo com inércia +100, a gravitação se manifesta cem vezes mais intensa. Espaço e tempo também são afetados. Como a velocidade da luz é cem vezes menor, o espaço se contrai muito antes da velocidade c, assim como o tempo se dilata também muito antes da velocidade c (uma vez que a velocidade ci é 3 000 km/s). Enquanto a inercinética for dinâmica (o que corresponde a dizer inerciação ativa), ou após a nave alcançar uma velocidade de ci / √2 (2 121 320,344 m/s, no caso do exemplo, de i = +100), o relativismo se regerá pela velocidade reduzida da luz, que, neste exemplo, é de 3 000 km/s. Se, no entanto, a inerciação for desativada antes da nave alcançar a velocidade ci / √2, a inércia e a massa voltarão ao normal, e o relativismo voltará a reger-se pela velocidade c de 300 000 km/s, a velocidade desenvolvida aumentará cem vezes, e o móvel inerciativo retornará ao interespaço. O tempo transcorrido desde antes da desativação de inércia até depois será igual ao momento que a nave teria com inércia 1, ou seja, com velocidade 100 vezes maior, dividido pelo momento da nave com inércia 1 no subespaço, correspondente a uma velocidade 100 vezes menor que a da nave com inércia 1, o que dá um tempo de 100 s.

Como fica evidente, a natureza, no subespaço, é regida por uma nova lei, e esta lei é a velocidade reduzida da luz. Portanto a fundamentação da física no subespaço é ditada por um novo eletromagnetismo, que pode ser chamado de subeletromagnetismo.

No subespaço os astros são mais massivos e mais densos que no interespaço, e seu tamanho mais reduzido, mas possuem campo gravitacional tanto mais intenso quanto maior a inércia. As estrelas são menos luminosas e liberam menos radiação, tanto menos quanto maior a inércia.

O subeletromagnetismo também se manifesta no subverso. Para adentrar o subverso e manter uma inércia de -100, por exemplo, a compensação inerciativa deve ser de 10 100%. A velocidade da luz também se torna igual a 3 000 km/s, a velocidade desenvolvida no interespaço se reduz cem vezes ao adentrar-se o subverso, assim como ocorre na entrada do subespaço. A massa aumenta cem vezes, mas se torna massa invertida, isto é, massa negativa; e a energia cinética se reduz 100 vezes, e o momento permanece inalterado. O potencial energético se reduz cem vezes, e, ao invés de uma reação química ou nuclear liberar energia, absorve, mas cem vezes menos do que liberaria no interespaço. As reações energéticas químicas e nucleares, portanto, ocorrem ao contrário, convertendo energia em massa. A gravitação, para uma nave com inércia -100, também é cem vezes mais intensa, e, se a gravitação do subverso de alguma forma interagir com a gravitação do subespaço, ocorrerá a manifestação da antigravidade. O espaço é afetado da mesma forma que no subespaço, contraindo-se conforme o relativismo baseado na velocidade reduzida da luz. E, se de algum modo o espaço do subverso interagir com o espaço do subespaço, ocorrerá um fenômeno de contração espacial. O tempo no subverso ocorre ao contrário, numa velocidade que dependerá do relativismo. Enquanto a inerciação mantiver-se ativa, o relativismo também se baseará na velocidade reduzida de 3 000 km/s. Desativada antes de alcançada a velocidade de ci / √2, o móvel inerciativo ganhará inércia e massa normal e retornará ao espaço-tempo de origem (que pode ser qualquer um além do interespaço, assim como pode ser para o caso do móvel inerciativo no subespaço), e a velocidade desenvolvida aumentará cem vezes.

No subverso, os astros também são mais massivos e mais densos, com correspondente campo gravitacional mais intenso e tamanho reduzido. As estrelas ocorrem ao avesso — absorvem energia e a converte em massa — formando os prenunciados buracos negros.

Com a diminuição da inércia a partir de +1 (a partir do interespaço), manifesta-se a realidade espaço-temporal do superespaço. Para adentrar o superespaço a compensação inercial deve ser maior que 0% e menor que 100%. Para reduzir a inércia cem vezes (para i = +0,01), por exemplo, a compensação inercial deve ser de 99 %. Com a redução da inércia o relativismo é afetado de forma inversa à do subespaço e do subverso. A velocidade da luz aumenta cem vezes (ci = 30 000 000 km/s), e a velocidade desenvolvida no interespaço também aumenta cem vezes ao adentrar-se o superespaço. A massa diminui cem vezes, a energia cinética aumenta cem vezes e o momento se mantém inalterado. O potencial energético da matéria com inércia +0,01 aumenta cem vezes, e reações químicas e nucleares liberam cem vezes mais energia (o eletromagnetismo torna-se cem vezes mais intenso). A gravitação se torna cem vezes menos intensa. E, se a gravitação do superespaço interagir com a gravitação do superverso, ocorrerá a manifestação de antigravidade. Espaço e tempo são afetados de forma inversa a forma que são afetados no subespaço e no subverso. Se o espaço do superespaço interagir com o espaço do superverso, ocorrerá o fenômeno de contração espacial. O espaço se contrai muito depois da velocidade c, assim como o tempo se dilata também muito depois, uma vez que a velocidade da luz é cem vezes maior. Enquanto a inercinética for dinâmica, o relativismo se regerá pela velocidade aumentada da luz (30 000 000 km/s, para i = +0,01). Se a inercinética tornar-se estática antes da velocidade de ci / √2 for alcançada, a inércia e a massa voltarão ao normal, o relativismo voltará a reger-se pela velocidade c, a velocidade desenvolvida se reduzirá cem vezes e a nave retornará interespaço. A natureza no superespaço, portanto, é determinada por uma lei própria, que é a luz de velocidade aumentada, constituindo um supereletromagnetismo.

No superespaço os astros são muito mais energéticos, e as estrelas, muito mais radiantes e maiores. Os quasares e as galáxias muito energéticas devem, portanto ser naturais do superespaço, ou são aberturas do superespaço no interespaço.

A realidade espaço-temporal do superverso se manifesta a partir da redução de uma inércia negativa de -1 (a partir do interverso), quando a inércia é compensada mais do que 100% e menos do que 200%. Para uma inércia negativa cem vezes menor que 1 (-0,01), a compensação inercial deve ser de 199%. Com uma inércia negativa cem vezes menor que 1, a velocidade da luz também se torna cem vezes maior, e a velocidade antes desenvolvida, no interverso (ou mesmo no interespaço), também aumenta cem vezes. A massa se reduz cem vezes e se torna negativa, e a energia cinética aumenta cem vezes e o momento permanece inalterado como sempre. O potencial energético da matéria com inércia -0,01 aumenta cem vezes, mas reações químicas e nucleares não liberarão energia, e sim absorverão cem vezes mais do que no interespaço liberariam (e cem vezes mais do que no interverso absorveriam). A gravitação se torna cem vezes menos intensa, assim como no superespaço com inércia de +0,01. O eletromagnetismo (supereletromagnetismo) torna-se cem vezes mais intenso, assim como no superespaço. E, como no superespaço, se a gravitação do superverso interagir com a gravitação do superespaço, ocorrerá a manifestação de antigravidade. Espaço e tempo são afetados como no superespaço, ou seja, o espaço se contrai muito depois da velocidade c, assim como o tempo se dilata também muito depois — mas ao contrário, isto é, o tempo se dilata em direção ao passado. Se o espaço do superverso interagir com o espaço do superespaço, ocorrerá o fenômeno de contração espacial.

O supereletromagnetismo também ocorre no superverso, mas as estrelas, apesar de maiores, são imensos sugadouros de energia, e, os quasares, no superverso, são sugadouros ainda maiores de energia. Estrelas, quasares e galáxias no superverso, assim como planetas, são astros de pura escuridão.

Na oposição simétrica do interespaço, o interverso, também ocorre o eletromagnetismo, assim como ocorre no interespaço. A velocidade da luz é c, pois a inércia não é fracionária nem múltipla, apenas é inversa a do interespaço, ou seja, -1. Para desenvolver uma inércia -1, a compensação inercial deve ser de exatos 200%. Como a velocidade da luz não muda, a velocidade continua a mesma que a desenvolvida no interespaço (só muda se o móvel inerciativo provier de outro espaço-tempo que não o interespaço), e a energia cinética também se mantêm inalterada (se o móvel inerciativo provem do interespaço). A massa, provinda do interespaço, não se altera, exceto que se torna negativa. Reações químicas e nucleares absorverão energia na mesma proporção que no interespaço liberam. A gravitação no interverso tem a mesma intensidade que no interespaço, e, se reagir com a gravitação do interespaço, produzirá antigravidade. O espaço do interverso, se reagir com o espaço do interespaço, provocará o fenômeno de contração espacial. Espaço e tempo no interverso estão sujeitos apenas ao relativismo normal, exceto que o tempo tende ao contrário. A regra da velocidade de ci / √2 também vale para o interverso, assim como igualmente vale para móveis inerciativos que retornam ao interespaço. As estrelas, com o mesmo tamanho que no interespaço, no interverso são estrelas escuras que convertem energia em massa, assim como as estrelas no superverso e no subverso.

Pela inerciatividade, como fica evidente, as leis da Luzcinética ditarão uma nova natureza para cada espaço-tempo. A velocidade da luz varia na proporção inversa da inércia, ou seja, ci = c / i. A velocidade de um móvel inerciativo, a partir do interespaço ou do interverso, varia na razão inversa da inércia (velocidade / inércia), a massa varia na razão direta da variação da inércia (massa • inércia). A energia cinética varia na razão inversa da variação da inércia (energia / inércia). E, se a velocidade for uma velocidade relativística, inerciativa ou não, o relativismo deve ser considerado para equacionar tanto massa, energia cinética, espaço, tempo e momento.

Para adentrar a realidade espaço-temporal do hiperespaço, um móvel inerciativo deve desenvolver inércia zero absoluto, através de compensação inercial de exatos 100%. A velocidade da luz no hiperespaço é, aparentemente, infinita. No entanto, o tempo não passa no hiperespaço, e, devido a isso, qualquer deslocamento, partindo de qualquer espaço-tempo com qualquer velocidade, aparenta ter velocidade infinita. Devido a essa característica do hiperespaço o relativismo não se manifesta nele. Toda a massa de um móvel inerciativo que adentra o hiperespaço é convertida em energia. Como o relativismo não pode ser aplicado ao hiperespaço, não se pode calcular contração espacial e, como o tempo não existe, não ocorre nenhuma dilatação temporal. Poder-se-ia dizer que no hiperespaço a dilatação temporal é infinita, mas, como o tempo não passa, não é possível permanecer nenhum instante mensurável no hiperespaço. O fato de um móvel inerciativo entrar no hiperespaço já acarreta a sua conseqüente saída instantânea. Mesmo que o móvel inerciativo mantenha a compensação inercial de 100%, nenhum tempo poderá ser medido entre a sua entrada e a sua saída do hiperespaço. A aparente velocidade infinita, da luz ou de um móvel inerciativo, desaparece diante da impossibilidade de se permanecer qualquer fração de tempo mensurável no hiperespaço. Mas, no entanto, ainda assim é possível passar pelo hiperespaço, e as equações da física se basearão na última velocidade desenvolvida antes do móvel inerciativo passar pelo hiperespaço. Se, por exemplo, um móvel inerciativo mantinha uma inércia de +0,01 (portanto no superespaço) e desenvolvia uma velocidade de 0,9 ci (2 700 000 km/s), as equações para o cálculo de energia (eletromagnetismo, a única coisa a calcular no hiperespaço), se fundamentarão nesta velocidade, como se fosse um processo do superespaço (ou do superverso, caso o móvel inerciativo provenha do superverso). A inércia considerada, portanto, será a última desenvolvida, e não zero, mas isso só é válido para o cálculo do eletromagnetismo, ou seja, da energia necessária para o móvel inerciativo vencer uma distância, o que quer dizer que o espaço considerado no hiperespaço deve se basear na distância do momento da última inércia antes da entrada no hiperespaço, ou seja, na distância que o móvel inerciativo tinha pela frente no superespaço imediatamente antes de entrar no hiperespaço (ou na distância no superverso, o que dá no mesmo, caso o móvel provenha do superverso).

Via hiperespaço, uma travessia cósmica de qualquer distância, é realizada em tempo zero — desde que a inércia seja ZERO ABSOLUTO. Não sendo possível desenvolver inércia absolutamente zero e de forma controlada, pode-se alternar entre inércia positiva e negativa, criando um hiperespaço artificial. Num hiperespaço artificial o relativismo se manifesta, proporcionalmente à velocidade da luz ocorrente (que depende da inércia desenvolvida pelo móvel inerciativo). No entanto, ao contrário do que ocorre somente no superespaço e no superverso (e no subespaço e no subverso, e no interespaço e no interverso), ao alcançar a velocidade de ci / √2, a inerciação precisa continuar ativa para que as inércias alternantes sejam mantidas em alternância, caso contrário o móvel inerciativo, ao desativar a inerciação, mesmo tendo velocidade igual ou superior a ci / √2, entrará e permanecerá no lado positivo (superespaço, interespaço ou subespaço) ou no lado negativo (superverso, interverso ou subverso), e não no hiperespaço artificial.

A artificialização do hiperespaço pode criar três tipos de hiperespaço, sendo eles a alternância entre superespaço — superverso, entre interespaço — interverso, ou entre subespaço — subverso. Esses três tipos de hiperespaço artificiais são de natureza essencialmente simétrica, ou seja, a alternância ocorre entre dois espaços-tempos de inércia exatamente opostas. A alternância também pode ser feita entre espaços-tempos não simétricos, e nesse caso ocorre a artificialização dos hiperespaços assimétricos, que são no total seis, que são as alternâncias entre superespaço — interverso, superespaço — subverso; interespaço — superverso, interespaço — subverso; subespaço — superverso, subespaço — interverso. A alternância também pode ser feita entre espaços-tempos só de inércia positiva ou só de inércia negativa, somando mais seis espaços-tempos artificiais, três positivos e três negativos, que são as alternâncias entre superespaço — interespaço, superespaço — subespaço, interespaço — subespaço; e entre superverso — interverso, superverso — subverso, interverso — subverso. Nesses seis últimos casos não ocorre a criação de um hiperespaço, visto que a inércia alterna somente entre maior e menor, só positiva ou só negativa, constituindo espaços-tempos super- assimétricos. Esses espaços-tempos podem ser chamados de semiespaços, no lado positivo do Universo (ou simplesmente Universo), e de semiversos, no lado negativo do Universo (Antiverso). 

 Desde os espaços-tempos naturais até os espaços-tempos quase simétricos, são sete espaços-tempos naturais, três hiperespaços artificiais simétricos, seis hiperespaços artificiais assimétricos, três semiespaços quase simétricos, três semiversos quase simétricos, três semiespaços assimétricos positivos e três semiversos assimétricos negativos, num total de vinte o oito espaços-tempos, que podem ser chamados, os sete espaços-tempos naturais, espaços-tempos monofásicos, os três hiperespaços artificiais de bifásicos, os seis espaços-tempos assimétricos de bifásicos assimétricos, os três semiespaços quase simétricos de monofásicos quase simétricos, os três semiversos quase simétricos também de monofásicos quase simétricos, os três semiespaços assimétricos positivos de monofásicos positivos e os três semiversos assimétricos negativos de monofásicos negativos. Pela quantidade de fases, portanto, talvez possam ser criados espaços-tempos trifásicos, quadrifásicos, etc. Nesta obra, no entanto, somente serão considerados os sete espaços-tempos naturais, os nove hiperespaços artificiais e os seis semiespaços e os seis semiversos.

A permanência ou passagem em um dos espaços-tempos naturais ou artificiais tem seus respectivos objetivos, vantagens e desvantagens. Para as viagens interestelares e intergalácticas os três espaços-tempos artificiais — e o hiperespaço natural, num caso especial, que será estudado adiante — são os espaços-tempos preferenciais.

A princípio os espaços-tempos artificiais são essencialmente artificiais, mas pode ser que também ocorram, mais raramente, de forma natural, através da inerciatividade.    

 

2.3 Radiação, radiatividade e combustão

 

Radiação é a emissão e propagação de energia eletromagnética, ou seja, a emissão e propagação de partículas-ondas, os fótons.

Analisando a forma de propagação dos fótons, percebe-se que a curvatura de sua trajetória em ondas gera, a cada onda, aceleração centrípeta e força centrífuga (adiante se verá como uma partícula sem massa pode gerar força centrífuga). Enquanto a partícula descreve o movimento curvo de cada onda, a aceleração centrípeta leva a partícula a acelerar para dentro da curva, no sentido oposto ao seu deslocamento longitudinal — que é acelerado durante a conversão da massa em energia — e a reação dessa aceleração é compensada pela aceleração centrípeta. Em outras palavras, a aceleração longitudinal, que se dá para fora da curvatura da onda, gera força peso para dentro da curvatura (adiante se verá como uma partícula sem massa pode gerar força peso), e a aceleração centrípeta, que se dá para dentro da curvatura, gera força centrífuga para fora da curvatura — e acontece a neutralização inercial, em exatos 100% — por isso os fótons não apresentam massa, pois as partículas com massa das quais provém realizam a inerciatividade, e, durante o processo, as partículas vão perdendo a massa enquanto ganham energia (ondulação), através da atuação síncrona entre força peso e força centrífuga através da inerciatividade. Os fótons, portanto, mais propriamente os próto-fótons, têm massa decrescente, e energia crescente, durante o processo de sua conversão da massa. Os fótons completam-se apenas após o término do processo de sua conversão das partículas com massa, que se dá através da inerciatividade.

Esse processo de compensação natural da força peso pela força centrífuga na radiação é chamado de inerciatividade da radiação, e revela serem os fótons partículas materiais comuns, só que sem massa, porque a sua inércia é neutra. A neutralidade da massa dos fótons é, portanto função da neutralidade da sua inércia. Toda a massa é convertida em energia. O eletromagnetismo — a luz — é portanto matéria com inércia zero.

A razão da velocidade característica da luz (no interespaço) ser de quase 300 000 km/s (299 792,458 km/s) pose ser explicada pela noção inerciativa da Luzcinética, ou seja, toda energia provém da massa — que possui inércia — e que a inércia média do período de conversão da massa em energia não e zero. A máxima velocidade de uma partícula depende da sua inércia durante o seu período de formação — e com inércia zero a velocidade da partícula seria infinita. Acontece que a inércia zero não ocorre durante todo o período da conversão da massa em energia, e sim somente no fim da conversão. No início da conversão ela é +1 (no interespaço), então deve haver um valor médio de inércia, entre zero e +1 (no interespaço) para a formação do eletromagnetismo, e não zero. Para a luz visível, que tem uma freqüência média de 5,9•1014 Hz, a inércia média é igual ao inverso de 5,9•1014, que é igual a 1 / 5,9•1014, o mesmo que o período de onda. Assim, a inércia média da massa-energia que gerará o eletromagnetismo é sempre o inverso da freqüência (em qualquer espaço-tempo). O comprimento de onda da radiação é o seu quanta fundamental de energia, que, para uma radiação de 5,9•1014 Hz é de 5,084745763•10-7 m (3•108 m/s / 5,9•1014). E o período de onda é a inércia média. Então, dividindo o quanta fundamental da radiação de 5,9•1014 Hz (que é o comprimento de onda, 5,084745763•10-7 m) pela inércia média (que é o período de onda, o inverso da freqüência), resulta na velocidade c:

 

5,084745763•10-7 (comprimento de onda, o quanta) / (5,9•1014)-1 (período de onda, a inércia média) = 300 000 000 m/s (velocidade c do eletromagnetismo no interespaço)

 

O quanta de energia, representado pelo comprimento de onda, é a mínima porção de energia para determinada freqüência. Não importa a intensidade (amplitude) da onda, será sempre o seu comprimento de onda que representará o seu quanta para determinada freqüência. O período de onda representa o período de aceleração da partícula massa-energia, e período de aceleração tem tudo a ver com inércia. O período de onda, portanto, representa a inércia média da radiação. Quanto maior a freqüência, menor a inércia, e mais energética a onda.    

Com uma freqüência muito baixa, 1 Hz por exemplo, o comprimento de onda será de 300 000 km (no interespaço ou no interverso) e o período de onda 1 s, ou seja, a inércia média será 1 (+1 no interespaço e -1 no interverso). Não significa, no entanto, que a partícula-onda demorará um segundo para tornar-se energia, e sim que demora um segundo para completar uma onda. A inércia média é uma medida representativa, e corresponde a uma unidade de tempo, isto é, a inércia média de uma radiação de 1 Hz é de 1/s (+1/s no interespaço e -1/s no interverso). Portanto, quanto mais se retrocede no período de onda, menor será a inércia média, e, no instante zero absoluto, a inércia média deve ser zero, mas o quanta de energia também será. A inércia, portanto, depende do tempo. A aceleração da partícula-onda, do instante zero ao instante de um período de onda, portanto diminui, ou, em outras palavras, a aceleração da partícula-onda aumenta conforme se retrocede no período de onda, de modo que, no instante zero, a aceleração é infinita, mas por um período de tempo infinitamente pequeno ou nulo. Portanto, conforme aumenta o período de onda, a aceleração diminui; a velocidade, no entanto, não varia. Ela é sempre c (no interespaço e no interverso) em qualquer fração do período de onda. Freqüências menores que 1 Hz terão inércia média maior que 1, e portanto pertencem muito mais ao subespaço ou ao subverso do que ao interespaço ou ao interverso. Certamente freqüências ultra-baixas de eletromagnetismo podem ser praticadas no interespaço ou no interverso, de inércia 1, mas terão comprimentos da onda maiores, para a mesma freqüência, que no subespaço ou no subverso. Se, por exemplo, no subespaço, uma fonte de energia (uma estrela) tem inércia +100, a velocidade da luz será c/100, ou seja, 3 000 km/s. O comprimento de onda de uma freqüência de 0,1 Hz, por exemplo, será:

 

3 000 000 m/s / 0,1 Hz = 30 000 000 m

 

O período de onda:

 

30 000 000 m / 3 000 000 m/s = 10 s, ou seja, inércia média +10; o comprimento de onda a 0,1 Hz no subespaço, 30 000 000 m, dividido pelo período de onda (inércia média) 10 s, resulta em ci 3 000 000 m/s, que é a velocidade da luz no subespaço para um corpo com inércia +100.

No superespaço (ou no superverso), com inércia fracionária decrescente do interespaço (ou do interverso) ao hiperespaço, a velocidade da luz é crescente. Para uma inércia de 0,01, por exemplo, a velocidade da luz é cem vezes maior que c (c / 0,01 = 100 c). A uma freqüência de 5,9•1014 Hz, que seria de luz visível, o comprimento de onda é de:

 

ci 3•1010 m/s / 5,9•1014 Hz = 5,084745763•10-5 m

 

O período de onda (inércia média) é de:

 

5,084745763•10-5 m / 3•1010 m/s = 1,694915264•10-15 s ou seja, o inverso de 5,9•1014 Hz

 

A velocidade do eletromagnetismo a uma inércia média de 1,694915264•10-15 é de:

 

5,084745763•10-5 m / 1,694915264•10-15 s = 3•1010 m/s, ou seja, 100 c.

 

Com uma velocidade de 100 c, a freqüência de 5,9•1014 Hz já não será visível, pois o comprimento de onda aumenta cem vezes. Seria necessária uma freqüência cem vezes maior para que a radiação fosse visível.

Percebe-se, pelo exposto, que a inércia ocorrente em determinado espaço-tempo determina a velocidade da luz. No subespaço e no superespaço (e no subverso e no superverso) deve ocorrer, devido, respectivamente, à inércia múltipla e à inércia fracionária, uma vasta gama de velocidades de eletromagnetismo. E, ainda, por essa noção inerciativa do eletromagnetismo, que possui freqüência e comprimento de onda, poder-se-ia explicar a natureza dos espaços-tempos como: comprimento de onda = espaço; período de onda = tempo; sendo o comprimento de onda um quanta de energia, o espaço estaria relacionado à energia, e o período de onda, o período de aceleração, ou seja, a inércia, estaria relacionada à massa. Essa possível explicação da natureza espaço-temporal através do eletromagnetismo luzcinético sugere que os espaços-tempos têm freqüência ou vibração, ou seja, são formas de energia. Essa energia espaço-temporal teria densidade crescente, velocidade e intensidade decrescentes no subespaço e no subverso, razoavelmente densa, de velocidade fixa e mais intensa no interespaço e no interverso, de densidade decrescente, velocidade e intensidade crescente no superespaço e no superverso, e de densidade ínfima, velocidade e intensidade que tendem ao infinito no hiperespaço. O vazio espacial, o vácuo, deveria portanto ser preenchido de um tipo de energia, além daquela conhecida que é emitida pelas estrelas. Provavelmente essa energia é a gravitação, ou á ela estaria intimamente relacionada — e gravitação é um campo de energia que produz aceleração na matéria, que gera inércia. Inércia, portanto, estaria intimamente relacionada com espaço-tempo. Pelo Primeiro Princípio da Luzcinética, quando a inércia varia, varia a velocidade da luz. Se, no entanto, os experimentos contrariarem este princípio, a Luzcinética se regerá por um princípio alternativo, o Princípio Alternativo da Luzcinética, que determina que, se a velocidade da luz não varia com a variação da inércia, varia então o espaço e o tempo, ou seja, acontecem a dilatação/contração espacial e a dilatação/contração temporal, sendo que, se a inércia diminui, o espaço se contrai e o tempo se dilata, na proporção da variação de inércia, assim como variaria a velocidade da luz nessa mesma razão.

Quanto à potencialidade do Primeiro Princípio Luzcinético, já há na Física mundial, desde meados do século 20, a suspeita, originária da teoria da relatividade, da existência de partículas mais velozes que a luz. Os físicos que previram a existência dessas partículas atribuíram a elas o que convencionaram chamar de massa imaginária. São os chamados taquions. Eles foram descobertos através das equações da relatividade. Segundo esses físicos, se a relatividade estiver correta, os taquions devem mesmo existir. Outras pesquisas, como as das chamadas ondas superluminais, já comprovaram, em experiências de laboratório, a existência de partículas-onda mais velozes que a luz.

As características que previram os físicos para os taquions são as propriedades de que, se um taquion, que sempre tem velocidade maior que a da luz (c), for acelerado, ganhará energia e reduzirá a velocidade, até que, com uma quantidade infinita de energia aplicada ao taquion, este desenvolverá uma velocidade tão baixa quanto a da luz (c), mas nunca inferior. Ao contrário, se o taquion for acelerado contra o sentido do seu deslocamento, ele perderá energia e ganhará velocidade. O limite da velocidade da luz, a velocidade c, ainda existe para o taquion, mas é antes um limite mínimo e não um limite máximo de velocidade. As equações relativísticas, para as velocidades ultraluz, ainda se fundamentarão na velocidade c. Assim, quanto mais próximo da velocidade c, porém superior a ela (porque o taquion sempre é mais veloz que a luz), maior será a massa imaginária (massa fracionária) do taquion, assim como quanto mais próximo da velocidade c, porém inferior a ela, maior será a massa relativística da partícula. Mas, haverá um novo limite máximo para a velocidade da luz (ci), múltiplo de c, que dependerá de quanto a partícula — o taquion — seja acelerado contra o sentido do seu deslocamento, e esse quanto é determinado pela inerciatividade/inerciação — portanto o taquion é gerado pelo superfóton da Luzcinética. Os superfótons ocorrem no superespaço e no superverso e constituem o supereletromagnetismo (ver o tópico 2.4 logo adiante).

O superfóton que corresponde ao taquion é um superfóton em inerciatividade estática. Enquanto a inerciatividade do superfóton for dinâmica, o superfóton ainda não será um taquion. No entanto a massa imaginária pode ser atribuída a ambos. Os físicos taquiônicos não souberam determinar o que seria massa imaginária, mas, na Luzcinética, massa imaginária é massa fracionária, ou seja, massa invertida (massa convertida), isto é, energia. Portanto, quanto menor a velocidade de um taquion, maior a sua massa imaginária, ou seja, maior a sua energia — e quanto maior a velocidade do taquion, menor a sua massa imaginária, ou seja, menor a sua energia. Com um superfóton que ainda não é um taquion, ou que voltou a ser um superfóton (quando a inerciatividade volta a ser dinâmica) ocorre exatamente o inverso. Para um superfóton em inerciatividade estática (taquion) a massa imaginária (energia) é maior em menor velocidade, e para o superfóton em inerciatividade dinâmica a massa imaginária (energia) é maior em maior velocidade. E, tanto o taquion quanto o superfóton só ocorrem em velocidade ultraluz, ou seja, além do universo einsteiniano, do que fica evidente que ambos são naturais do superespaço e do superverso. Assim, fica esclarecido o porquê das equações relativísticas, apesar de preverem, não necessitarem a existência do taquion para resolver problemas nas equações e também o porquê de não se poder detectar um taquion, pois as equações só admitem a existência do taquion em velocidades ultraluz, o que equivale a dizer que um taquion só pode ser detectado se a velocidade considerada for superior a c.

 

 

MECÂNICA CLÁSSICA INERCIATIVA

 

Velocidade inerciativa (Vi) = v / i

 

Massa inerciativa (Mi) = m • i   

 

Momento linear inerciativo (Qli) = Mi • Vi

 

Energia cinética inerciativa (Eci) = Vi² • Mi / 2

 

Luz inerciativa (luzcinética, ci) = c / i

 

 

RELATIVIDADE NÃO-INERCIATIVA

 

Massa relativística (Mr) =

m / √ (1- (v / c)²) — para v < c

= m / √ (1- (c / v)²) — para v > c

 

Energia total relativística (Etr) =

m • c² / √ (1- (v / c)²) — para v < c

= m • c² / √ (1- (c / v)²) — para v > c

 

Energia cinética relativística (Ecr) =

m • c² / √ (1- (v / c)²) - m • c² — para v < c

= m • c² / √ (1- (c / v)²) - m • c² — para v > c

 

Espaço relativístico (Sr) =

s • √ (1- (v / c)²) — para v < c

= s • √ (1- (c / v)²) — para v > c

 

Tempo relativístico (Tr) =

t / √ (1- (v / c)²) — para v < c

= t / √ (1- (c / v)²) — para v > c

 

Momento linear relativístico (Qlr) =

m • v / √ (1- (v / c)²) — para v < c

= m • v / √ (1- (c / v)²) — para v > c

 

No capítulo 3 serão apresentadas as equações relativísticas-inerciativas.

 

Há ainda um segundo tipo de inerciatividade, que é responsável pela radiatividade. A radiatividade, como se sabe, é a emissão de raios alfa, compostos por dois nêutrons e dois prótons, raios beta, compostos por elétrons, raios antineutrino e raios gama, a partir de um núcleo atômico instável. A inerciatividade da radiatividade também é responsável pela energia nuclear. A forma de propagação dos raios emitidos pela radiatividade também está fundamentada na inercinética, especialmente os raios antineutrino e os raios gama. A inerciatividade da radiatividade pode explicar como são geradas as partículas de antimatéria, que é o caso do antineutrino. Quando ocorre uma reação radiativa, um elemento transforma-se em outro e libera raios de matéria e raios de energia. A radiação de energia já foi descrita. Basta agora dizer que a radiação gama é o alto eletromagnetismo do interespaço. A transmutação, ou transformação de um elemento em outro segue os princípios da inerciatividade, ou seja, pela variação espontânea (ou forçada, no caso da inerciação) da inércia a matéria transforma-se de um elemento em outro. Quando ocorre a fusão nuclear, como já se sabe, um elemento torna-se outro mais pesado ou mais massivo. No processo de inerciatividade radiativa as partículas se desmassificam momentaneamente (se fotonizam) e se superpõem espaço-temporalmente, ou seja, mais de uma partícula passa a ocupar o espaço de uma só ao mesmo tempo, e as massas se somam no final do processo, quando cessa a inerciatividade e as partículas se desfotonizam (se remassificam). Isto é, as partículas aceleram e ondulam conforme a inercinética, o que as torna energia (fótons) momentaneamente — e energia pode sobrepor-se à energia, ou seja, dois (ou mais) volumes de energia podem ocupar o lugar de um volume de espaço ao mesmo tempo — e depois deixam de ondular inerciativamente, ganhando novamente massa, e permanecem sobrepostas. Nesse processo pequenas discrepâncias ou assimetrias na inercinética fazem parte da massa continuar sob a forma de energia. Nesse caso, a redução de inércia, que é o motivo pelo qual o combustível nuclear libera energia, é da ordem de 0,001, ou seja, a inércia é reduzida de 1 para 0,999, e 0,001 da massa em fusão é convertida em energia.

Na fissão da matéria ocorre o processo inverso. As partículas aceleram e ondulam inerciativamente, tornam-se energia momentaneamente, se fracionam devido a oscilações ou assimetrias, deixam de aceleram inerciativamente e se massificam em maior número de volumes de espaço, formando maior número de partículas, mais leves ou menos massivas. No processo, distorções na inercinética fazem uma pequena parte da massa continuar sob a forma de energia. Nesse caso, a redução de inércia, que é o processo pelo qual a energia é liberada, é da ordem de 0,000 001, ou seja, a inércia é reduzida de 1 para 0,999 999, e 0,000 001 da massa em fissão é convertida em energia.

A geração de energia por processo radiativo é uma propriedade espontânea de alguns elementos, que entram em reação sob altas pressões e altas temperaturas, ocasionando a redução de inércia que libera energia.

No lado negativo do Universo (Antiverso) a fusão e a fissão ocorrem de forma inversa, absorvendo energia e gerando massa. Enquanto do lado positivo do Universo a matéria tem essencialmente inércia positiva, no lado negativo a matéria tem inércia negativa e é chamada de antimatéria. A matéria torna-se antimatéria quando a sua inércia é mais que 100% compensada, o que inverte a inércia, de positiva à negativa. A antimatéria conhecida tem inércia -1, que é o oposto simétrico da inércia da matéria do interespaço (universo einsteiniano), que é de +1. Para ter inércia -1, a compensação inercial deve ser de exatos 200%.

O terceiro tipo de inerciatividade é a combustão química de substâncias inflamáveis. A espontaneidade que tem um combustível químico em liberar energia também é uma forma de inerciatividade, a inerciatividade da combustão. Portanto, existem substâncias, naturais e artificiais, que tem a característica de converter parte de sua massa em energia de forma espontânea na presença de calor e oxigênio. A parte da massa dessas substâncias (combustíveis) que é convertida em energia é relativamente muito pequena. O hidrogênio, por exemplo, que é o mais forte dos combustíveis, converte apenas 1,579 517 333 • 10-9 da sua massa em energia, ou seja, apenas 1 / 633 104 796,6 da massa do hidrogênio químico é convertido em energia. A gasolina, por exemplo, converte em energia apenas 4,651 111 111 • 10-10, ou 1 / 2 150 023 889 da sua massa em energia, o que é 3,396 vezes menos rendimento que a conversão de massa em energia do hidrogênio. Essa propriedade espontânea de conversão de algumas substâncias da massa em energia é função da inerciatividade, ou seja, a inércia da substância, na presença de calor e oxigênio, é reduzida infimamente, isto é, para o hidrogênio, a inércia é reduzida em 1,579 517 333 • 10-9, e para a gasolina, a inércia é reduzida 4, 651 111 111 • 10-10. Uma inércia reduzida em 1,579 517 333 • 10-9 resulta em uma inércia 0,99999999984204826666666666666667, e uma inércia reduzida em 4,651 111 111 • 10-10 resulta em uma inércia 0,99999999953488888888888888888889.

2.4 Novo espectro de radiação e novos tipos de partículas elementares

 

A inerciatividade, naturalmente, e a inerciação artificialmente, acabam por gerar novos tipos de partículas, que constituem novos tipos de matéria e diferentes formas de eletromagnetismo. No subespaço, com inércia maior que +1, o eletromagnetismo é chamado de subeletromagnetismo, e se manifesta através dos subfótons; a matéria, então submatéria, apresenta os subprótons, subnêntrons, subelétrons, etc. — é  a matéria escura — com massa tanto maior quanto maior a inércia e energia tanto menor; por exemplo, a submatéria com uma inércia de +100, é 100 vezes mais pesada (mais massiva) e libera 100 vezes menos energia que a matéria do interespaço, assim como pode absorver 100 vezes menos energia. No superespaço, com inércia fracionária menor que +1 e maior que zero, o eletromagnetismo é chamado de supereletromagnetismo, e se manifesta através dos superfótons; a matéria, chamada supermatéria, é constituída por superprótons, supernêntrons e superelétrons, com massa tanto menor quanto menor a inércia, e energia tanto maior; por exemplo, a supermatéria com uma inércia de +0,01, é 100 vezes mais leve (menos massiva) e libera 100 vezes mais energia que a matéria do interespaço, assim como pode suportar energias 100 vezes mais intensas (por exemplo, um metal pode suportar 100 vezes mais calor, e um condutor elétrico conduzirá 100 vezes mais eletricidade). No hiperespaço toda a matéria é convertida em hipermatéria, constituída de hiperprótons, hipernêutrons e hiperelétrons, com massa zero e tão energéticos quanto as partículas do superespaço ou do superverso (porém com velocidade que tende ao infinito), e o eletromagnetismo torna-se hipereletromagnetismo; com inércia zero a massa é zero, e a hipermatéria libera tanta energia quanto a supermatéria, mas num espaço sem tempo, o que permite a hiperenergia (hipereletromagnetismo) deslocar-se qualquer distância em tempo zero.

No Antiverso ocorre, no subverso, a anti-submatéria, com massa (negativa) tanto maior quanto maior a inércia e energia tanto menor, assim como no subespaço; é uma matéria mais escura que a matéria do subespaço; por exemplo, a anti-submatéria com uma inércia de -100 é 100 vezes mais pesada e ABSORVE 100 vezes menos energia que a antimatéria do interverso, e processa o mesmo subeletromagnetismo do subespaço; no superverso, a anti-supermatéria, com massa (negativa) tanto menor quanto menor a inércia e energia tanto maior, assim como no superespaço; por exemplo, a anti-supermatéria com uma inércia de -0,01, é 100 vezes mais leve e ABSORVE 100 vezes mais energia que a antimatéria do interverso, assim como pode suportar, como no superespaço, energias 100 vezes mais intensas (um metal suportará 100 vezes mais calor) e processa o mesmo supereletromagnetismo do superespaço; no interverso, a antimatéria, com massa inversa e tão pesada quanto a do interespaço, ABSORVE energia na razão inversa que a matéria libera, e processa o mesmo eletromagnetismo do interespaço.

Cada espaço-tempo portanto tem seu próprio espectro eletromagnético, ou, mais precisamente, cada par simétrico (subespaço — subverso, interespaço — interverso, superespaço — superverso, e o hiperespaço separadamente) tem um espectro próprio de eletromagnetismo, sendo que o espectro subeletromagnético, natural da simetria espaço-tempo-inercial do subespaço com o subverso, contém a subenergia; o espectro eletromagnético, natural da simetria espaço-tempo-inercial do interespaço com o interverso, contém a energia conhecida; o espectro supereletromagnético, natural da simetria espaço-tempo-inercial do superespaço com o superverso, contém a superenergia; e o espectro hipereletromagnético, natural da unidade espaço-tempo-inercial do hiperespaço, que contém a hiperenergia (cuja diferença da superenergia é o fato de propagar-se num espaço sem tempo, do que a sua velocidade aparenta infinita).

A radiação eletromagnética, sendo a emissão e propagação de partículas materiais cuja inércia é a mínima possível em cada espaço-tempo (a inércia média correspondente a cada freqüência), propaga-se, no interespaço, com a velocidade c conhecida. No interespaço, onde a inércia espaço-temporal é fixa em +1, a luz só pode ter uma velocidade, assim como no interverso, onde também se propaga com a velocidade c. Como se sabe, a velocidade da luz (no interespaço) se mantém constante para qualquer referencial, não importando a velocidade do referencial nem a da fonte luminosa. No subespaço, superespaço, subverso e superverso, a inércia espaço-temporal não é fixa, e a luz pode apresentar diferentes velocidades. Por exemplo, para um corpo emissor de luz (estrela) no superespaço, com inércia +0,01, a velocidade de emissão da luz será de 100 c. Um móvel inerciativo no superespaço, desenvolvendo uma inércia de +0,0001, ao receber a luz da estrela de inércia +0,01, não perceberá a luz da estrela com velocidade de 100 c, e sim com a velocidade correspondente à sua própria inércia, ou seja, 10 000 c. A velocidade da luz, para um referencial inerciativo, portanto, dependerá da sua própria inércia, e não da inércia da fonte da luz. Isto justifica a constância da velocidade da luz no interespaço, ou seja, a velocidade da fonte de luz e a velocidade de um móvel que recebe a luz da fonte não determinam a velocidade de propagação da luz, o que determina é a inércia do móvel, que, no interespaço, é sempre +1, pois ci = c / i, e, se i = 1, ci = 1.

A realidade espaço-temporal para a própria luz, em cada espaço-tempo, é de uma natureza de dilatação temporal infinita e contração espacial também infinita, pois a luz se propaga com a velocidade da luz, ou seja, ao ser emitida, a luz percorre qualquer distância em tempo zero. Para um observador estacionário, ou mesmo em movimento, no entanto, a realidade espaço-temporal é diferente daquela manifesta para a luz, isto é, não ocorre a dilatação temporal infinita nem a contração espacial infinita; normalmente ocorre uma realidade muito deferente, correspondente a uma dilatação temporal e uma contração espacial que tendem a zero. Ou seja, existem duas realidades, aquela percebida pelo observador e aquela manifesta para o próprio fenômeno (luz).

Portanto, deve ficar clara a noção da existência de uma realidade além da que se pode perceber, e que, num mesmo espaço-tempo, podem se manifestar mais de uma realidade ao mesmo tempo. Quando o observador não é estacionário e desenvolve velocidade apreciável em relação à da luz respectiva do espaço-tempo pelo qual se desloca, o observador passa a fazer parte do fenômeno, ou seja, a sua realidade espaço-temporal se assemelha àquela manifesta para a luz, mas se afasta da realidade espaço-temporal na qual antes se encontrava.  

 

2.5 Gravitação: pressão cósmica da subenergia

 

Os espaços-tempos, todos eles, tem o vazio espacial preenchido de subenergia, que é formada por subfótons. Isso significa que os subfótons estão presentes não só no subespaço ou no subverso, mas também no interespaço, no interverso, no superespaço, no superverso e no hiperespaço. No entanto, a intensidade da subenergia é maior no subespaço e no subverso, menos intensa no interespaço e no interverso, ainda menos intensa no superespaço e no superverso, e muito menos intensa no hiperespaço. Quer dizer isso que a gravitação tem intensidade decrescente do subespaço / subverso até o hiperespaço, como já descrito no sub-capitulo 2.2. A emanação gravitacional é portanto emanação de subfótons, os quais formam a subenergia que preenche o vazio espacial. A subenergia também preenche o vazio interatômico e tudo permeia, sendo um fluido de viscosidade zero, um fluido perfeito. A partir de cada partícula material, que é um concentrado de energia, emana uma infinidade de subfótons. O decréscimo de massa-energia da matéria pela emanação de subfótons é tão pequeno que se torna imensurável. Não é a toa que a gravitação é a interação mais fraca que existe. A partir das partículas materiais (submateriais, materiais, supermateriais, e a oposição simétrica destas, de inércia negativa, e hipermateriais), os subfótons emanam girando em trajetória espiral helicoidal cônica. Na verdade o que emana é a fraca ondulação dos subfótons, e não os subfótons exatamente. Essa fraca ondulação, imensurável, se soma a partir de muitos subfótons, e o resultado é a formação de redemoinhos cônicos. Para a formação de um redemoinho, é preciso admitir certa propriedade da matéria, chamada multivibração multiplana, que é o estado em que a matéria se encontra depois de adquirir massa. Quanto maior a inércia das partículas, maior a sua massa e densidade, e maior a intensidade da multivibração multiplana. Essa multivibração multiplana é a vibração circular das partículas em três planos exatamente perpendiculares, de modo que o formato da orbital resultante é esférico, revolvendo circularmente a subenergia do espaço em seis direções que estão em constante mudança, produzindo seis redemoinhos que giram em altíssima velocidade em todos os sentidos em torno da partícula. Quanto mais próximo da partícula, maior a velocidade, e quanto mais longe menor. Quanto mais próximo do colo do redemoinho, mais rápido o girar dos subfótons e, portanto, menor a pressão. Quanto mais longe do colo do redemoinho, ou seja, quanto mais próximo da boca do redemoinho, mais lento o girar dos subfótons (subenergia), e, portanto, maior a pressão. Apesar da subenergia não possuir massa, possui densidade, sendo a subenergia a coisa mais densa da existência. Quanto mais energética é a substância, menos densa ela é. A matéria (submatéria, matéria, supermatéria, oposição simétrica destas e hipermatéria), sendo muito mais energética que a subenergia, é muito menos densa, apesar de possuir massa (exceto a hipermatéria, que não possui massa). Um corpo material, então, imerso num redemoinho de subenergia (gravitação) sofrerá uma força de empuxo invertido, fazendo com que os corpos se aproximem. Na realidade não há atração, e sim empuxo invertido, que depende da subenergia e do corpo sob a força de empuxo invertido, ou seja, o empuxo só existe no corpo, não em toda a extensão do redemoinho, o que significa dizer que a gravitação não é uma força ou interação que age a distância, e sim localmente. Há, na realidade, o que se pode chamar de pressão cósmica, a qual gera o empuxo cósmico, que é o empuxo invertido. A gravitação é, portanto, a pressão cósmica da subenergia. Os grávitons são, portanto, os subfótons da subenergia, e a subenergia constitui a energia escura.

Diante disso, a curvatura do espaço como causadora da gravitação só pode ser a trajetória curva helicoidal espiral da subenergia, e não a curvatura de um espaço-tempo bidimensional, o que é inconcebível. A curvatura do espaço pode ser a curvatura de redemoinhos de subenergia, devido ao deslocamento dos astros no espaço, mas essa curvatura não é bidimensional e não é suficiente para produzir gravitação, ela apenas direciona o movimento dos corpos sob o seu efeito, fazendo com que descrevam trajetórias curvas ao cair sobre outro corpo maior, mas não é suficiente para produzir trajetórias orbitais.

 

2.6 O big bang em sete realidades espaço-temporais

 

Assim como no interespaço, nos outros espaços-tempos também deve haver uma expansão universal. No lado negativo do Universo, na verdade deve haver uma contração espacial. No hiperespaço, o universo é infinito e estático. A começar pelo subespaço, o universo subespacial deve se encontrar numa sub-expansão, ou seja, o universo subespacial também se expande, mas numa taxa muito menor que no interespaço e tem um tamanho muito menor. No superespaço, o universo superespacial deve se encontrar numa super-expansão, o que quer dizer que se expande numa taxa muito maior que o interespaço, e tem um tamanho muito maior. No hiperespaço, o universo hiperespacial não passa por nenhuma expansão, mas é infinito e estático. No superverso, o universo anti-superespacial ou superversial deve se encontrar em contração, pois no lado negativo do Universo o tempo retrocede, e tem um tamanho provavelmente muito maior que o universo interespacial. No interverso, o universo anti-interespacial ou interversial deve se encontrar em contração, tendo um tamanho possivelmente do tamanho do universo interespacial, ou aproximadamente. No subverso, o universo anti-superespacial ou subversial deve se encontrar em um contração mais acentuada que o universo interversial, tendo um tamanho muito menor, possivelmente do tamanho do universo subespacial, ou aproximadamente. Na verdade, não sabendo por quanto tempo os universos do lado positivo do Universo vão continuar se expandindo, não é possível dizer com que tamanho os universos do lado negativo se encontram. Apenas conhecendo a taxa de aceleração do universo interespacial seria possível descobrir o tamanho dos universos do lado negativo. O universo interespacial parará de se expandir somente quando a sua massa-energia alcançar a velocidade da luz. Mas, talvez seja possível determinar o tamanho de um universo em relação ou universo interespacial pelo valor da inércia desenvolvida por um móvel inerciativo. Por exemplo, se no subespaço um móvel inerciativo tem uma inércia de +1000, o universo subespacial se encontraria com um tamanho 1000 vezes menor, e as distâncias entre os as estrelas e galáxias seriam 1000 vezes menor. Se no superespaço um móvel tivesse uma inércia de +0,001, o universo superespacial se encontraria com  um tamanho 1000 vezes maior que o universo interespacial, e as distâncias entre os astros seriam 1000 vezes maior. No hiperespaço, o universo, com inércia zero absoluto, seria sempre infinito, assim como as distâncias, mas estático. No superverso, com uma inércia de -0,0001, o universo superversial se encontraria com um tamanho 1000 vezes maior que o universo interespacial, mas se contraindo, e as distâncias seriam também 1000 vezes maiores. No interverso, com uma inércia de -1, no instante da entrada no interverso, o universo teria o mesmo tamanho do universo interespacial, com as mesmas distâncias, mas entraria em contração no exato instante da penetração da realidade interversial. No subverso, com uma inércia de -1000, o universo subversial se encontraria com um tamanho 1000 vezes menor, assim como as distâncias. Seria um tanto lógico medir os universos dessa forma, uma vez que no interespaço a inércia (estática, não dinâmica) aumenta com a velocidade, ou seja, não aumenta a massa, a quantidade de matéria, e sim a inércia. Com uma velocidade de 0,999 c no interespaço, o universo interespacial teria um tamanho 22,366 vezes menor, pois a inércia estática seria 22,366 vezes maior, que é exatamente o efeito causado pela contração espacial relativística. Em todos os espaços-tempos a contração espacial relativística acontece com o aumento da velocidade, sendo a velocidade de referência a velocidade ci. Mas, com velocidades bem inferiores a c ou ci, o valor da inércia dinâmica ditaria o tamanho do universo. Na verdade o valor da inércia dinâmica sempre fará isso, e o efeito relativístico de contração espacial deve ser relacionado com o valor da inércia dinâmica. O tamanho do universo de determinado espaço-tempo dependeria então da velocidade, produtora do efeito de contração espacial, e da inércia dinâmica, produtora de expansão ou contração, dependendo se a inércia é fracionária ou múltipla. Por exemplo, com uma velocidade de 0,999 ci no superespaço, e uma inércia de +0,0001, o universo superespacial teria um tamanho 1000 / 22,366  vezes o tamanho do universo interespacial, ou seja, 44,710 vezes maior. Ou, no subespaço, com uma velocidade também de 0,999 ci e com uma inércia de +1000, o universo subespacial teria um tamanho 1000 • 22,366 vezes menor que o tamanho do universo interespacial, ou seja, 22366 vezes menor. O mesmo valeria para o lado negativo do Universo. A expansão universal do lado positivo e a contração do lado negativo seriam relativas, e não absolutas.

Agora, pensando na singularidade que teria dado origem ao Universo, esta deveria conter todas as sete formas de inércia reunidas, sendo, portanto, de inércia neutra. Ao explodir, a singularidade teria dado origem aos sete espaços-tempos, mas não todos de uma só vez. Primeiro teria se formado o hiperespaço, depois o superespaço e o superverso, depois o interespaço e o interverso, e por fim o subespaço e o subverso. Apesar de que a formação dos espaços-tempos positivos e negativos a partir do hiperespaço não tenha ocorrido ao mesmo tempo, em escala cósmica, devem ter se formado quase ao mesmo tempo. Assim, o superespaço e o superverso, teriam se originado a partir do hiperespaço, e o interespaço, que é o universo que conhecemos, teria se originado a partir do superespaço, e, ao mesmo tempo, o interverso teria se originado do superverso. E o subespaço teria se formado a partir do interespaço, assim como o subverso teria se formado do interverso. O interespaço, tendo se originado do superespaço, teria experimentado uma super-expansão no passado remoto, que é a inflação do modelo de big bang atual. Já em âmbito interespacial, o interespaço passou a se expandir mais lentamente. E, conforme a velocidade de expansão aumenta nas “bordas” do interespaço, a inércia estática aumenta, e o interespaço na verdade não se expande, se contrai, devido a contração espacial relativística. Possivelmente, quando toda a massa-energia do interespaço alcançar uma velocidade muito próxima a da luz, c, o interespaço todo voltará a se contrair. O mesmo deve acontecer com os universos em todos os espaços-tempos positivos, e o oposto nos espaços-tempos negativos. No hiperespaço nada disso ocorreria, pois o relativismo não se aplica ao hiperespaço. Sendo que no lado negativo do Universo o oposto do que acontece aos espaços-tempos positivos deve acontecer, enquanto os espaços-tempos positivos se expandem e aumentam de velocidade, começando a se contrair, nos espaços-tempos negativos, com o aumento de velocidade, a contração neles ocorrentes deve começar a se inverter, ou seja, deve começar uma expansão. Assim, espaços-tempos positivos e negativos devem passar por estágios evolutivos inversos. Isso sugere que os espaços-tempos negativos tenham se originado já com expansão máxima, quando então começaram a se contrair, enquanto que os espaços-tempos positivos tenham se originado com contração máxima, quando então começaram a se expandir. Na verdade, deve ter havido uma seqüência, pois primeiro se originou o hiperespaço, depois o superespaço e o superverso, depois o interespaço e o interverso e por último o subespaço e o subverso. Do lado positivo do Universo, deve, portanto, haver uma única expansão que engloba os três espaços-tempos positivos, assim como do lado negativo deve haver uma única contração que engloba os três espaços-tempos negativos. Quando a expansão do lado positivo chegar ao ápice, do lado negativo a contração também chegará ao ápice. E o ápice da expansão do lado positivo é o início de uma contração, enquanto do lado negativo o ápice da contração é o início de uma expansão. Atualmente, como a expansão do interespaço ainda está em curso, isso sugere que toda a expansão do lado positivo ainda está em curso, e que do lado negativo a contração também, ambos ainda não se sabe a quanto de chegarem ao seu ápice. Talvez, como descrito anteriormente, o ápice seja uma coisa relativa, e não absoluta, porque a expansão e a contração também o seriam. Nesse caso, somente a velocidade da massa-energia dos espaços-tempos determinaria os seus ápices efetivos. Então, velocidade zero absoluto representaria expansão infinita no lado positivo e contração infinita do lado negativo, e velocidade máxima, c no interespaço e ci no superespaço e no subespaço, representaria contração infinita. No lado negativo, velocidade zero absoluto representaria contração infinita, e velocidade máxima, c no interverso e ci no superverso e no subverso, representaria expansão infinita.

 

3.0 Inerciação

 

3.1 Propagação ondulatória de naves espaciais ultra velozes — viagens interestelares e intergalácticas

 

A inerciação é a técnica pela qual se artificializa a inércia, com o objetivo de fazer com naves espaciais alcancem velocidades ultra-rápidas, propagando-se através de trajetória ondulatória inerciativa. A inerciação também tem outras aplicações, como a transmissão de sinais eletromagnéticos mais velozes que a luz conhecida, no que se poderia chamar de telecomunicação luzcinética. Mas a maior aplicação da inerciação será na Astronáutica, possibilitando que naves espaciais se desloquem através dos sete espaços-tempos naturais e dos vinte e um espaços-tempos artificiais, na realização de explorações dos astros de espaços-tempos diferentes do nosso e na realização de viagens interestelares e intergalácticas. Como a inerciação pode controlar, através do controle da inércia, a massa e a energia e modificar os efeitos relativísticos de espaço, tempo e velocidade, torna-se obvia a sua utilização como técnica Astronáutica. No entanto, uma nave espacial inerciativa — nave luzcinética — ainda necessitará de uma técnica de propulsão, pois a inerciação não é propulsão — é propagação. Talvez, depois de suave impulso inerciativo, seja possível a uma nave impulsionar-se nas diferenças entre uma natureza espaço-temporal e outra, e até obter energia dessas diferenças de natureza espaço-temporal. Esse assunto será tratado em Fontes de energia e tração luzcinéticas, o próximo subcapítulo.

O espaço-tempo ideal para a propagação de uma espaçonave seria o hiperespaço natural. Através dele uma viagem de milhões e mesmo bilhões de anos-luz seria realizada em tempo zero. Na prática, no entanto, alcançar uma inércia zero absoluto pode ser um desafio que até a mais avançada tecnologia poderia ter dificuldades em superar. A velocidade da luz no hiperespaço natural é, aparentemente, infinita, o que torna a luz no hiperespaço onipresente. A velocidade que uma nave com inércia zero absoluto poderia alcançar, então, seria, aparentemente, infinita. Qualquer travessia cósmica duraria tempo zero. O problema é que, conseguido alcançar a inércia zero absoluto, até que esta fosse desativada, a nave percorreria o infinito, e não se poderia saber aonde a nave iria parar.

A aparente velocidade infinita de um deslocamento no hiperespaço é induzida pela ausência de tempo no hiperespaço. Na realidade, portanto, a velocidade de um deslocamento no hiperespaço não é infinita — ela é igual à última velocidade desenvolvida antes da entrada no hiperespaço. Mas, como o tempo não existe no hiperespaço, qualquer distância, com qualquer velocidade, será percorrida em tempo zero. Não é possível, portanto, permanecer no hiperespaço, apenas passar por ele. Ou seria, se fosse possível prever aonde a nave iria parar quando a inerciação fosse desativada.

Para as viagens interestelares e intergalácticas restam, portanto, os hiperespaços artificiais, ou mesmo o limiar superior do superespaço ou do superverso. A inerciação alternante entre superespaço e superverso produz a realidade espaço-temporal do primeiro hiperespaço artificial. A vantagem desse hiper-artificial sobre os outros dois (interespaço — interverso, subespaço — subverso) é o melhor rendimento da conversão da massa em energia, no superespaço, e da conversão de energia em massa, no superverso (útil para a ante propulsão). Além dessa vantagem, há a possibilidade de aproveitar a energia proveniente das estrelas, tanto mais intensas que no interespaço quanto menor a inércia, e, ainda, a possibilidade de produzir energia através dos campos magnéticos mais intensos dos astros, também tanto mais intensos quanto menor a inércia da nave.

Viajar via interespaço (o nosso espaço-tempo), o problema seria a duração das viagens, para aqueles que ficassem esperando pelo retorno das naves. Via subespaço o problema seria ainda pior, pois a velocidade ci não poderia ser ultrapassada, e essa velocidade seria menor que c (a velocidade da luz no interespaço), tanto menor quanto maior a inércia da nave. Pelo lado negativo do Universo, via superverso, interverso ou subverso, nos quais o tempo retrocede, seria necessário uma técnica especial de obtenção de energia, pois as reações químicas e nucleares absorveriam energia em vez de liberá-la. O problema é que o corpo humano também funcionaria ao contrario, e uma longa permanência no Antiverso acabaria sendo prejudicial à saúde. Haveria outro problema também. Por exemplo, se um tripulante de uma nave obtivesse um conhecimento (informação), sobre navegação, por exemplo, às dez horas da manhã, tempo padrão da nave, a partir do interespaço, e uma hora depois adentrasse um espaço-tempo negativo, e nele permanecesse uma hora ou mais, aquela informação sobre navegação, obtida às dez horas no interespaço, desapareceria da memória do tripulante. Seria necessário obter as coordenadas (informação) um bom tempo antes de a nave adentrar um espaço-tempo negativo. A permanência de certo período de tempo no Antiverso requereria que o período de permanência nunca fosse superior ao período de tempo decorrido desde a obtenção da informação até a entrada no Antiverso. Viajar no tempo — pois no Antiverso se viaja ao passado — necessitaria conhecimento antigo, e nunca se poderia viajar mais que uns poucos anos, se tanto. Viajar via superverso, interverso ou subverso teria de ser por curtos períodos de tempo, períodos de talvez no máximo alguns dias. Dentro desse período, dependendo da velocidade alcançável pela nave e da fonte de energia empregada, talvez fosse possível percorrer alguma centenas de anos-luz. E viajar no tempo em direção ao passado distante parece que somente máquinas seriam capazes.

Poder-se-ia viajar longas distâncias, então, via hiper-artificial interespaço — interverso, ou hiper-artificial subespaço — subverso. Via hiper-artificial interespaço — interverso, a energia poderia ser obtida da interação entre matéria e antimatéria, e o tempo gasto na viagem seria idealmente zero. A energia da interação da matéria com a antimatéria no hiper-artificial interespaço — interverso seria, no entanto, menor que a energia da interação entre supermatéria e anti-supermatéria (naturais do superespaço e do superverso), o mesmo acontecendo com a energia obtida da interação entre submatéria e anti-submatéria (naturais do subespaço e do subverso). A radiação das estrelas no hiper-artificial interespaço — interverso seria a mesma do interespaço e do interverso. Já no hiper-artificial subespaço — subverso, a radiação seria menor. O tempo gasto em viagem seria, também, idealmente zero. Podendo-se evitar a radiação mais intensa do hiper-artificial superespaço — superverso, poder-se-ia aproveitar a energia solar/estelar para suprir uma nave de energia. Quanto a como se evitar a radiação mais intensa do hiper-artificial superespaço — superverso, na verdade a matéria nesse espaço-tempo, ou somente no superespaço ou no superverso, será capaz de suportar tanto mais radiação (absorção de energia por exposição) quanto menor for a inércia praticada. Por exemplo, um metal, de uma nave com inércia 0,001 (positiva ou negativa), poderá suportar 1000 vezes mais calor que no interespaço ou interverso, ou 1000 vezes mais radiação. A capacidade de suportar radiações mais intensas, portanto, será uma propriedade natural da matéria no superespaço/superverso. Quanto a se aproveitar a energia da radiação mais intensa das estrelas, a radiação estelar será tanto mais intensa quanto menor a inércia da nave, isto é, a intensidade da radiação estelar não dependerá da inércia da estrela, e sim da inércia da nave. E, não sendo possível, ou não sendo suficiente ou viável aproveitar a energia estelar, nem a energia da interação da matéria com a antimatéria, será possível aproveitar a energia liberada por combustíveis, químicos ou nucleares, que terão potencial energético tanto maior quanto menor a inércia praticada. Por exemplo, para uma nave desenvolvendo uma inércia de 0,00 000 1, a energia que um combustível liberará será 1000 000 vezes maior que a que liberaria no interespaço. E, no hiper-artificial subespaço — subverso, sendo a radiação estelar e o potencial energético dos combustíveis tanto menor quanto maior a inércia, poder-se-á aproveitar a gravitação dos astros, que será tanto mais intensa quanto maior a inércia, para a obtenção de energia ou diretamente propulsão. Em todos os casos, a velocidade da luz, luz inerciativa (luzcinética), nunca poderá ser ultrapassada, e essa velocidade, ci, dependerá somente da inércia da nave, do observador, e não da própria luz.

Para adentrar um determinado espaço-tempo, natural ou artificial, não é necessária uma velocidade relativística, mas, quanto mais próximo da velocidade ci, mais intensos os efeitos relativísticos, e talvez isso seja desejável por um motivo. Estimo que, após a entrada em determinado espaço-tempo, a permanência nele, sem inerciação, só será possível se a nave alcançar uma velocidade específica alta, dependente da inércia e da velocidade da nave. Essa velocidade pode ser chamada de velocidade de escape entre os espaços-tempos. Sem alcançar essa velocidade, a nave, ao desativar a inerciação, retornará ou espaço-tempo de origem, em um período de tempo que depende do momento da nave e da sua energia cinética. Por exemplo, uma nave de 100000 kg parte do interespaço para o superespaço com inércia 10-7; no interespaço, a velocidade da nave era de 10000 m/s, portanto o seu momento igual a 109 kg • m/s; a nave acelera no superespaço até 1011 m/s; com a nova inércia (10-7) e velocidade de 1011 m/s, a nova massa é de 0,01 kg, e o momento é o mesmo de quando a nave estava no interespaço com velocidade de 10000 m/s e inércia 1, ou seja, 109 kg • m/s; dividindo esse momento pela nova massa da nave, que é de 0,01 kg, resultará que a velocidade final da nave será igual a 1011 m/s. Essa velocidade final, no entanto, não é alcançada instantaneamente, e sim depois de um determinado período de aceleração. Numa mudança de inércia, uma nave não precisa acelerar para sair do lugar(basta que tenha alguma velocidade inicial), pois ela será atraída pela gravidade do espaço-tempo ao qual se destina. Para saber com que aceleração se dará essa atração, é preciso saber a energia cinética da nave ao final do processo e no início. Para o caso do exemplo, a energia cinética será:

 

 

Final do processo, no superespaço:

(1011)2 • 0,01 /2 = 5 • 1019 joules;

 

Início do processo, no interespaço:

100002 • 100000 /2 = 5 • 1012 joules.

 

A diferença entre a energia final e a inicial será de:

 

5 • 1019 – 5 • 1012 = 4,9999995 • 1019 joules.

 

Essa energia, dividida pela maior massa envolvida no processo, 100000 kg, dará a aceleração da atração gravitacional, que no caso do exemplo é originária do superespaço:

 

√ (4,9999995 • 1019 • 2 / 100000) =31622775,02 m/s2.

 

O período de aceleração, ou seja, o período que durará a atração gravitacional do superespaço será de:

 

1011 / 31622775,02 = 3162,277818 segundos, que é um valor exatamente igual a raiz quadrada da diferença de inércia do processo mais 1, ou seja, √ (10000000+1).

Lembrando-se, estando a nave animada com uma velocidade de 10000 m/s e desenvolvendo uma inércia de  10-7, a velocidade de 1011 m/s será alcançada sem que seja necessário que a nave acelere, pois a gravitação do espaço-tempo ao qual a nave se destina atrairá a nave, com velocidade crescente, como numa queda livre entre os espaços-tempos, e a aceleração da nave não produzirá nenhuma reação inercial, pois estará em queda livre. Alcançada a velocidade de 1011 m/s, que, nesse caso é a velocidade de escape entre o interespaço e o superespaço, a nave poderá desativar a inerciação, tornando sua massa matéria taquionica. A nave permanecerá no superespaço sem que seja necessário a inerciação, e a inércia continuará a ser 10-7; para aumentar de velocidade, a nave deverá direcionar seus retro propulsores contra o sentido do seu deslocamento, pois, para a matéria taquionica, quanto menor a energia cinética, maior a sua velocidade. A nave, assim, poderá aumentar a velocidade até a velocidade da luzcinética, que nesse caso é de c / 10-7, ou seja, 3 • 1015 m/s. Para não precisar acelerar para aumentar de velocidade, a nave deverá passar por uma nova redução de inércia, ou seja, a inércia de 10-7 precisará ser reduzida ainda mais.

Se a inerciação da nave do exemplo for desativada antes que a nave alcance a velocidade de escape entre os espaços-tempos, que neste exemplo é de 1011 m/s, a nave começará a retornar ao interespaço, com uma desaceleração equivalente a diferença da energia cinética do início do processo e do fim, que é quando a inerciação é desativa, conforme o exemplo a seguir:

 

Velocidade de escape = 1011 m/s

Velocidade na desativação da inerciação = 0,9 • 1011 m/s

Energia cinética inicial, a 10000 m/s = 5 • 1012 joules

Energia cinética final, a 0,9 • 1011 m/s = 4,05 • 1019 joules

Diferença entre energia cinética inicial e final =

4,05 • 1019 – 5 • 1012 = 4,0499995 • 1019 joules

 

Aceleração negativa de retorno ao interespaço =

√ (4,0499995 • 1019 • 2 / 100000) = 28460497,18 m/s2

 

Período de desaceleração de retorno ao interespaço =

0,9 • 1011 / 28460497,18 = 3162,277855 s

 

Essa desaceleração é motivada pala atração gravitacional do interespaço, que arrasta a nave de volta para si, e, como na aceleração, essa desaceleração não produz reação inercial sobre a nave.

E, se, por exemplo, a nave tivesse alcançado a velocidade de escape ao adentrar o superespaço, teria que desenvolver inércia 1 para retornar ao interespaço; com massa de 0,01 kg (no superespaço, no interespaço seria 100000 kg), inércia de 10-7 e velocidade de 1011 m/s, o momento da nave seria 109 kg • m/s, o mesmo que se a nave estive com inércia 1 com velocidade 107 vezes menor, ou seja, 10000 m/s (porque o momento nunca varia). A nave, estando animada com a velocidade de 1011 m/s e desenvolvendo inércia 10-7, de repente passaria a desenvolver inércia 1 (+1); a sua massa passaria de 0,01 kg para 100000 kg, e seria submetida a uma força de desaceleração, levando a nave a desenvolver uma velocidade 107 vezes menor, 10000 m/s, que é calculada conforme a equação anterior:

 

109 kg • m/s / 100000 kg = 10000 m/s

 

A desaceleração, é calculada como na equação anterior:

 

Velocidade inicial = 1011 m/s

Velocidade final = 10000 m/s

Energia cinética inicial, a 1011 m/s = 5 • 1019 joules

Energia cinética final, a 10000 m/s= 5 • 1012 joules

Diferença entre energia cinética inicial e final =

5 • 1019 – 5 • 1012 = 4,9999995 • 1019 joules

 

Desaceleração de reentrada no interespaço =

√ (4,9999995 • 1019 • 2 / 100000) = 31622775,02 m/s2

 

Período de desaceleração =

1011 / 31622775,02 = 3162,277818 s

 

Essa desaceleração seria motivada pela diferença de gravitação entre o superespaço e o interespaço, e a nave se deslocaria como que em queda livre, sem sofrer os efeitos da reação inercial.

Alcançada a velocidade de 10000 m/s, que é a velocidade de escape do superespaço para o interespaço, à nave poderá desativar a inerciação, permanecendo no interespaço com inércia +1 fixa e se comportando como um móvel normal do espaço-tempo einsteiniano.

Mantendo a inerciação ativa, no entanto, uma nave poderá permanecer no espaço-tempo em que se encontra mesmo que a velocidade de escape nunca seja alcançada. Uma nave nesse estado, porém, se apresentará imaterial (submaterial ou supermaterial, ou seja, respectivamente, mais massiva ou mais energética), possivelmente luminosa, para o estado supermaterial, ou obscurecida, para o estado submaterial, além de possivelmente disforme. O estado submaterial corresponde à matéria do subespaço e à matéria do subverso, e o estado supermateiral corresponde à matéria do superespaço e à matéria do superverso (submatéria no caso do subespaço e anti-submatéria no subverso, e supermatéria no caso do superespaço e anti-supermatéria no superverso). No caso dos hiperespaços artificiais a matéria torna-se hipermatéria, mesmo que sua duração efetiva seja nula.

Nos espaços-tempos artificiais, a permanência, mesmo alcançada a velocidade de escape entre os espaços-tempos, só será possível se a nave mantiver a inerciação ativa constantemente. Nos espaços-tempos naturais, alcançada a velocidade de escape espaço-temporal, a nave poderá desativar a inerciação, podendo acelerar até próximo de ci, ou frear até abaixo da velocidade de escape espaço-temporal, continuando a permanecer no espaço-tempo em que se encontra e continuando a manter a última inércia desenvolvida. Para sair do espaço-tempo adentrado, a nave deverá desenvolver a inércia respectiva ao espaço-tempo à que se destina, devendo desenvolver a velocidade de escape espaço-temporal para poder permanecer nele caso desativar a inerciação.

Independente do espaço-tempo escolhido para a travessia cósmica, uma nave talvez precise permanecer em determinado espaço-tempo para poder alcançar determinados astros, pois, para cada astro no interespaço deve haver outros cinco — ou seis — astros paralelos. Assim, a Terra, Marte, Vênus, Saturno, etc., podem ser habitados fora do interespaço. Assunto para o capítulo 5.

 

Para descrever os fenômenos luzcinéticos a Relatividade apenas, tanto infra quanto ultra luz, é insuficiente. É preciso adotar o Relativismo-Inericativo. Nele, a velocidade limite é a velocidade da luzcinética, ci, que é igual a c / i. A velocidade ci nunca pode ser ultrapassada. Quando em inerciação, na equação relativística a velocidade c deve ser substituída pela velocidade ci. A velocidade ci permite que a barreira da velocidade da luz, c, seja vencida, porque a barreira irá ocorrer numa velocidade maior que c (para o caso de inércia menor que 1; para o caso de inércia maior que 1 a barreira da velocidade da luz — luzcinética — ocorrerá numa velocidade menor que c). Essa barreira, tanto na velocidade c quanto na velocidade ci, é a massa infinita e a energia cinética infinita que um corpo adquiriria se alcançasse a velocidade limite. Mas, lembrando, com inerciação ativa, no cálculo relativístico vale a velocidade ci, maior ou menor que c.

 

RELATIVIDADE INERCIATIVA        (LUZATIVIDADE)

 

Massa luzativa (Ml) =

Mi / √ (1 – (vi / ci)²)

 

Energia total luzativa (Etl) =

Mi • ci² / √ (1 – (vi / ci)²)

Energia cinética luzativa (Ecl) =

Mi • ci² / √ (1 – (vi / ci)²) – Mi • ci²

Espaço luzativo (Sl) =

S • √ (1 – (vi / ci)²)

Tempo luzativo (Tl) =

T / √ (1 – (vi / ci)²)

 

Momento luzativo (Ql) =

Mi • vi / √ (1 – (vi / ci)²)

 

Para que uma velocidade de 1011 seja alcançada por uma nave, sem que esta acelere, sendo apenas arrastada pela atração gravitacional do espaço-tempo ao qual se destina, a nave deve previamente já estar animada co uma velocidade de 10000 m/s. Com uma inércia de 10-7, se a velocidade inicial da nave fosse de 10 m/s, por exemplo, a velocidade final da nave seria de 108 m/s. O mesmo vale para uma desaceleração. Para que uma nave reduza a velocidade para 10000 m/s, numa variação de inércia de 107, a velocidade inicial da nave deve ser de 1011 m/s. Se fosse necessário que a nave reduzisse a velocidade para 10 m/s, a partir de uma velocidade de 1011 m/s e uma variação de inércia de 107, a nave precisaria utilizar seus propulsores para frear os 9990 m/s restantes. O mesmo vale para o caso da nave alcançar uma velocidade de 1014 a partir de uma velocidade de 10000 m/s e variação de inércia de 107. Da velocidade de 1011 até a velocidade de 1014 a nave precisaria acelerar com utilizando seus propulsores. Se frear ou acelerar inerciativamente, a nave não seria submetida à reação inercial excessiva, apenas à reação residual.

Consideremos agora uma viagem interestelar via superespaço, sem o emprego da energia gravitacional entre os espaços-tempos. O destino da espaçonave é uma estrela situada a 100 000 anos-luz do Sol. Sendo cada ano-luz aproximadamente 9,46 • 1015m, a distância em metros é de 9,46 • 1020m. A nave tem uma massa normal de 100 000 kg. Para uma viagem de 100000 anos-luz, via superespaço, onde a velocidade da luz aumenta na razão inversa da redução da inércia, é preciso desenvolver uma inércia de 4 • 10-9, ou seja, +0,000000004. Logo adiante se esclarecerá a necessidade desse valor de inércia para se poder atravessar 100000 anos-luz. Com tal inércia, a velocidade da luzcinética será: ci = 3 • 108 / 0,000000004 = 7,5  • 1016 m/s, ou 250000000 c. Com uma inércia de 4 • 10-9, tendo a nave uma aceleração de 100000000 m/s², restará uma reação inercial residual sobre a nave de 0,4 m/s². Com uma massa de 100000 kg e uma aceleração de 100000000 m/s², a potência de propulsão linear seria de (no mínimo) 5 • 1020 watts. Mas, com uma inércia de 1 / 250000000 (4 • 10-9), a massa da nave reduz-se 250000000 vezes, de 100000 para 0,000 4 kg (massa Mi). Pela luzatividade pode-se calcular a energia cinética, e portanto a potência, do primeiro segundo de aceleração, que representará a potência nominal de propulsão linear da nave (há ainda a propulsão curva, que é transversal à trajetória). A energia cinética luzativa (Ecl) da nave a 100000000 m/s será:

 

Mi • ci² / √ (1 – (v / ci)²) – Mi • ci², ou seja:

 

0,0004 (7,5 • 1016)² /

√ (1 – (100000000 / 7,5 • 1016)²)

- 0,0004 • (7,5 • 1016

= zero, mas, pela Mecânica Clássica Inerciativa, a energia cinética será:

 

0,0004 • 10000000² /2 = 200000000 joules/s (watts).

 

A energia cinética da nave, que deverá alcançar a velocidade de 1,5 •1014 m/s (1 / 500 da velocidade da luzcinética) será:

 

0,0004 • (7,5 • 1016)2 /

√ (1 – (1,5 • 1014 / 7,5 • 1016)²)

- 0,0004 • (7,5 • 1016

= 4,5 • 1024 joules

 

O momento linear da nave a 100000000 m/s² será:0,0004 • 100000000 / √ (1 – (100000000 / 7,5 • 1016)²) = 40000 kg • m/s, 25 vezes menor do que se a nave acelerasse a 10 m/s² no interespaço.

Consideremos então a fonte de energia capaz de acionar os propulsores para que estes desenvolvam a aceleração de 100 000 km/s², durante 1500000 s (17,361 dias), o tempo necessário para que a nave alcance a velocidade de cruzeiro, que é de 1,5 • 1014 m/s (500000 c). Se essa fonte de energia for o hidrogênio, em combustão nuclear supercinética, a quantidade de combustível (H2) será:

E / ci² / 0,001, sendo 0,001 o rendimento da conversão nuclear da matéria em energia: 4,5 • 1024 joules / (7,5 • 1016)2 / 0,001 = 8 • 10-7 kg H2 (Mi), que, no interespaço, equivale a 8 • 10-7 kg / i + 4 • 10-9 = 200 kg. Pela Relatividade, essa quantidade de massa daria apenas uma energia igual a m • c², ou seja, 1,8 • 1016 joules, 250000000 vezes menor que 4,5 • 1024 joules; pela Luzatividade, no entanto, a energia se torna supercinética, isto é, dotada de velocidade muito superior a c, devido à inércia muito reduzida.

Logo adiante, no sub-capítulo 3.2 (Fontes de energia e tração luzcinéticas), será tratado desse assunto. Esta quantidade é suficiente somente para a tração linear da aceleração até a velocidade de 1,5 • 1014 m/s.

Para a tração curva, que se processa transversalmente à tração linear, de forma alternada (vai e vem), será necessária

outra quantidade igual de H2, ou seja, mais 200 kg de H2 (medidos no interespaço). Será uma aceleração de partida, uma desaceleração de chegada, uma nova aceleração para o início do retorno e uma nova desaceleração para a chegada de volta ao sistema solar, tudo duplicado pela tração curva alternada transversal, totalizando oito vezes a quantidade inicial de 200 kg, o que dá 1600 kg de H2, suficientes para a viagem de ida e volta. Para a velocidade de cruzeiro, que se realiza   abaixo   da  velocidade  de  escape  entre  os  espaços

tempos, a nave precisará manter a inerciação ativa, o que requererá um pouco mais de combustível. Para manter a inerciação ativa alguma aceleração precisa ser desenvolvida, mas essa aceleração poderá ser muito pequena, algo como 0,098 m/s² (1 / 100 da aceleração da gravidade terrestre), até que a nave alcance o ponto de início de frenagem. A quantidade de combustível adicional, para o caso do exemplo, será irrelevante. Além dessa quantidade, a nave precisará combustível para os deslocamentos nas proximidades da estrela destino, que pode ser correspondente a, por exemplo, um ano de deslocamentos, só que em muito menores velocidades. A quantidade de H2 pode então ser duplicada, totalizando 3200 kg.

 

Pode parecer que apenas 3,2 toneladas de combustível nuclear simplesmente são insignificantes para gerar energia suficiente para impulsionar uma nave por uma distância de 100000 anos-luz e voltar. Deve-se lembrar, no entanto, que o potencial energético da matéria a ser convertida em energia, ao passar por redução de inércia, aumenta na razão inversa da diminuição da inércia, que, no caso do exemplo, foi de 250000000 (i = +0,000000004), então E = m • c² / i.

Quanto ao tempo gasto na viagem, o tempo transcorrido durante a aceleração de partida e o tempo da desaceleração de chegada, 1500000 s • 2, deslocarão a nave por uma distância de:

 

Tempo² • aceleração / 2 = distância

1500000² • 100000000 /2 = 1,125 • 1020 m, ou 11892,177 59 anos-luz. Ou seja, 11892,17759 anos-luz percorridos na aceleração de partida, mais 11 892,177 59 anos-luz percorridos na desaceleração de chegada no destino. A dilatação temporal, a uma velocidade de 1 /500 de ci, será de 1,000002, o que significa que a distância percorrida em velocidade de cruzeiro, 100 000 anos-luz menos 11892,17759 anos-luz • 2 (23784,35518 anos-luz) se reduzem em 0,047  5686   anos-luz,   que,   a   00000   c   de    velocidade,  a nave

percorreria em 1 s / 10511135,5, ou seja, em 0,0951372 micro segundos, o que é praticamente insignificante, assim como a contração espacial.

 

100000 anos-luz – (11892,17759 anos-luz • 2) = 76215,64482 anos-luz, que deverão ser percorridos na velocidade constante de 1,5 • 1014 m/s (500000 c).

76 215,644 82 anos-luz / 500000 c = 0,152431289 anos, ou 55,637420 dias (considerando um ano tendo exatos 365 dias). 55,637420 dias + (17,361111 dias • 2) = 90,359642 dias.

Se o período de exploração durar um ano, as pessoas  na Terra terão que esperar pelo retorno da nave um ano, 5 meses, 28 dias,5 horas e 50 minutos. A mesma viagem de 100000 anos-luz, via interespaço, devido aos problemas da baixa velocidade da luz e aos efeitos relativísticos, além dos problemas energéticos, está totalmente descartada.

No caso de viagem pelo subespaço, a situação fica ainda pior, pelos mesmos motivos, só que grandemente agravados, porque a velocidade da luz será menor que c. Via superverso, a nave alcançaria o destino 90,359642 dias antes de ter partido, pois no superverso o tempo é negativo — se é que  permanecer  tanto  tempo  num  espaço-tempo  negativo  

seja possível. Via interverso ou via subverso, a nave também chegaria ao destino antes de ter partido, isso se os problemas dos efeitos relativísticos e os problemas energéticos não fossem os mesmos que via interespaço e subespaço. Um parâmetro de elevada importância no deslocamento inerciativo de naves espaciais é a sua velocidade relativa à velocidade da luzcinética. No caso do exemplo da viagem de 100000 anos-luz via superespaço, a relação de velocidade foi de ci / 500, isto é, a velocidade máxima desenvolvida pela nave era de 1 / 500 da velocidade da luzcinética.

Quanto maior essa relação, menor será a energia necessária para impulsionar a nave, ou seja, quanto menor a velocidade da nave em relação a velocidade da luzcinética menos combustível será necessário.  O  objetivo  de  tal  nave

seria adentrar e permanecer em determinado espaço-tempo sem a necessidade de desenvolver inerciação constante e poder pousar em algum planeta do respectivo espaço-tempo.

 

Uma inércia de 0,0000001 é razoavelmente pequena. Para percorrer uma distância de 100000 anos-luz em poucos dias ela é suficiente. No entanto, distâncias intergalácticas e mais longas ainda, requererão inércias ainda menores, o que talvez não seja fácil nem viável obter. Com uma inércia de 0,0000001, como foi descrito, seria possível alcançar a velocidade de 500000 c. Com essa velocidade, uma viagem até Andrômeda, que está situada a 2184200 anos-luz, por exemplo, duraria 4 anos, 4 meses e 13 dias. A energia para o período de aceleração e para o período de desaceleração, que seriam os mesmos períodos da viagem de 100000 anos-luz (se a velocidade e a inércia fossem 500000 c e i +0,0000001), seria a mesma, necessitando a mesma quantidade de combustível. Alcançada a velocidade de cruzeiro (500000 c), a inerciação ainda precisaria ser mantida, porque a nave viajaria abaixo da velocidade de escape entre os espaços-tempos, mas a quantidade adicional de combustível nuclear ainda seria irrelevante em relação à quantidade necessária para as acelerações e desacelerações. Mas, a 500000 c, a viagem duraria 4,3684 anos, só para a ida. E 8,7368 anos de viagem seria um período de tempo muito considerável. Para realizar uma viagem tão longa num período de tempo menor, restam os três hiperespaços artificiais, e, num caso muito especial, o hiperespaço natural. Através de qualquer desses hiperespaços a viagem de 100000 anos-luz ou a de 2184200 anos-luz, ou qualquer outra mais longa, será realizada, idealmente, em tempo zero, mesmo com inércia não muito baixa nem com velocidade muito alta. Devido ao fato de que no subespaço as reações energéticas liberam menos energia que no interespaço, e no subverso as reações que no subespaço liberam pouca energia absorvem energia, além do que a velocidade ci será tanto menor que c quanto a inércia será maior, a viagem via hiper-artificial subespaço — subverso, mesmo para distâncias interplanetárias, fica praticamente descartada. Via hiper-artificial interespaço — interverso a viagem interestelar talvez seja possível, mas as reações energéticas liberarão a mesma quantidade de energia (no interespaço; no interverso absorverão), motivo pelo qual seria necessária uma fonte de energia que se aproveitasse da interação entre matéria e antimatéria. O hiper-artificial superespaço — superverso, por sua vez, apresenta-se muito mais propício para as mais longas viagens interestelares e mesmo intergalácticas.

A viagem considerada anteriormente, de 100000 anos-luz via superespaço, mas com a nave desenvolvendo inércia bem maior, +0,001 em vez de +0,0000001 , alternada com inércia – 0,001, e com uma velocidade de 0,9 c (= 0,0009 ci, que com inércia de 0,001 é de 3 • 1011 m/s), por exemplo, duraria:

100000 / 0,9 = 111111,111 anos, sendo a metade desse tempo, 55555,555 anos de tempo positivo, e a outra metade de tempo negativo. A soma entre 55555,555 e -55555,555 resulta em tempo efetivo zero.A nave desenvolveria inerciação alternada, com uma semi-onda de inércia positiva, no superespaço, e uma semi-onda de inércia negativa, no superverso, numa freqüência não muito baixa — 10 Hz por exemplo — e cada período de semi-onda duraria, no superespaço, +0,05 s, seguido de um período de -0,05 s no superverso, assim alternadamente durante toda a viagem, mantendo a passagem do tempo em efetivo zero. Com uma inércia 10000 vezes maior (0,000000 1 • 10000 = 0,001), a nave ainda poderia aproveitar o maior potencial do combustível nuclear. A aceleração poderia ser muito menor — 180 m/s² — e a nave alcançaria a velocidade de 0,9 c em 1500000 s, o mesmo período considerado para a nave do primeiro exemplo.

 Alcançada a velocidade de 0,9 c, que seria igual a 0,0009 ci (1 / 1111,111 de ci), a nave precisaria manter a inerciação ativa para poder alternar entre superespaço e superverso, mas não precisaria acelerar para aumentar mais a velocidade. Para manter a inerciação alternada a nave poderia acelerar a, digamos, 0,00018 m/s², aceleração que seria mantida por 111111,111 anos — tempo que a tripulação da nave não perceberia. A energia necessária para

a nave alcançar a velocidade de 0,9 c (0,0009 ci) seria de:

 

0,9 c (0,0009 ci) = 270000000 m/s (2,7 • 108)

Mi = 100000 kg • i 0,001 = 100   kg

ci = 3 • 108 m/s / i 0,001 = 3 • 1011 m/s

 

Ecl = 100 • ( 3 • 1011)2 /

          √ (1 – (2,7 • 108 / 3 • 1011)²)

          - 100 • (4,5 • 1011

          = 3,645 • 1018 joules, só para a tração linear da primeira aceleração. Para a viagem de ida e volta, essa quantidade deve ser multiplicada por 8, totalizando 2,916 • 1019 joules. Considerando que a nave, no sistema estelar destino também necessitará de energia para se deslocar através do sistema, no entanto com muito menores velocidades, essa quantidade de energia pode ser duplicada, totalizando 5,832 • 1019 joules.  A energia para a manutenção da inerciação durante 111111,111 anos, com uma aceleração de 0,0018 m/s², será:

 

0,00018 m/s² • (111111,111 • 365 • 24 • 3600) = 630719 999,4 m/s

Ecl = 100 • (3 • 1011)² /

          √ (1 – (630 719 999,4 / 3 • 1011)²)

- 100 • (3 • 1011

          = 1,989045 • 1019 joules, que, vezes dois (viagem de ida e volta), dá 3,97809 • 1019 joules. Essa quantidade de energia, mais 5,832 • 1019, dá uma energia total para toda a viagem, de 9,81009 • 1019 joules. A quantidade de combustível será:

          9,810 09 • 1019 joules / (3 • 1011)² / 0,001 = 1,09001 kg de H2, massa Mi, ou seja, equivalente a 1 090,01 kg de H2 no interespaço, uma quantidade que é 1838,295 vezes menor que a quantidade de H2 que seria necessária para a mesma 

viagem de 100000 anos-luz, mas com uma velocidade de 500000 c via superespaço.

Durante o período de 111111,111 anos, a aceleração de 0,0018 m/s² deveria ser realizada de forma alternada, ou seja, numa semi-onda a nave aceleraria a 0,0018 m/s², e na semi-onda seguinte desaceleraria na mesma taxa, assim sucessivamente, para que a velocidade de 0,9 c não fosse ultrapassada.

A duração da viagem, para a tripulação, será, como já descrito, tempo zero, e, para a tripulação, só o tempo de exploração deverá ser considerado. A dilatação temporal, durante a viagem a 0,9 c — 0,0009 ci — será de apenas 1,000000405, pois a velocidade a ser considerada no calculo relativístico é a de 0,0009 ci, e alentecerá tanto os períodos de tempo positivo quanto os períodos de tempo negativo, resultando igualmente em tempo efetivo zero. A contração espacial igualmente não modificará a duração zero da viagem.

Nesse exemplo, no entanto, só há um problema. Com uma velocidade de 0,9 c, mesmo com a nave alternando entre superespaço e superverso, quando a nave retornar para a Terra, terão se passado mais de 222222,222 anos. Tal viagem seria, portanto, inviável para aqueles que ficassem aguardando pelo retorno da nave na Terra. Torna-se necessário viajar via superespaço ou via hiper-artificial superespaço — superverso com velocidade muito superior a c para tornar a viagem interestelar viável. Para se conseguir velocidade muito superior a c a inércia deve ser muito pequena.

Não sendo possível praticar a inerciação alternada, por motivo que seja, a viagem interestelar ou intergaláctica se realizará via superespaço. Para se conhecer o valor da inércia necessária para percorrer determinada distância em determinado tempo, aplica-se a fórmula a seguir:

 

1 / (distância em anos-luz / duração da viagem em anos) = inércia

 

Considerando que a velocidade da nave deve ser bastante inferior a de ci, para diminuir o consumo de combustível (para diminuir a energia cinética), a inércia deve ser tanto menor quanto a relação velocidade da nave / ci, conforme pode ser visto pela modificação da fórmula acima:

 

1 / (distância em anos-luz / duração da viagem em anos) • (v / ci) = inércia

 

Para v deve-se determinar um valor. No primeiro exemplo, v / ci era igual a 0,002 (1 / 500). A velocidade da luzcinética, ci, será igual a c / i.

 

Pelo exposto até aqui, fica evidente que a velocidade máxima alcançável por uma espaçonave dependerá da redução da inércia. A velocidade da luz aumentará na razão inversa da redução da inércia, e essa luz de velocidade aumentada se chama luzcinética e sua velocidade se simboliza por ci. A velocidade da luzcinética nunca pode ser ultrapassada, por isso, para as longas e muito longas viagens, torna-se necessário reduzir-se ao máximo a inércia. Para transpor a distância do Sol até a galáxia de Andrômeda, por exemplo, que é de 2184200 anos-luz, em um período de um ano, via superespaço, ou em tempo zero via hiper-artificial superespaço — superverso, será necessária uma inércia de:

 

1 / (2 184 200 anos-luz / 1 ano) • (1 / 500) = i 9,156670635 • 10-10, já considerando uma relação de v / ci de 1 / 500.

 

A velocidade máxima alcançável pela nave será de:

 

c / 2,289167659 • 10-8 • 0,002 = 2184200 c

 

A energia cinética da nave na sua velocidade máxima, considerando uma nave com 100000 kg de massa total, será:

 

ci = 3 • 108 / 9,156670635 • 10-10= 3,2763 • 1017 m/s

vi = 6,552600 • 1014 m/s (2184200 c)

Mi = 100000 kg • 9,156670635 • 10-10 = 9,156670635 • 10-5 kg

 

9,156670635 • 10-5 • (3,2763 • 1017

/ √ (1 – (6,552600 • 1014 / 3,2763 • 1017)²)

- 9,156670635 • 10-5 • (3,2763 • 1017)2= 1,965736 • 1025 joules, só para a tração linear da primeira aceleração. Para toda a viagem, será necessária 16 vezes essa quantidade de energia, o que dá um total de 3,1451776 • 1026 joules. A quantidade de combustível nuclear será de:

 

3,1451776 • 1026 / (3,2763 • 1017)2 / 0,001 = 2,930069018 kg (Mi), que, medidos no interespaço valem 3 199,928 374 kg, que é praticamente a mesma quantidade de combustível nuclear para a viagem de 100000 anos-luz com inércia de 1 / 250000000. Sendo a distância considerada 21,842 vezes maior e a velocidade 4,3684 vezes maior, a razão para que a energia necessária seja praticamente a mesma que para a viagem de 100000 anos-luz com a nave mantendo inércia de 1 / 250000000, é o fato de que a inércia considerada (9,156 670635 • 10-10) é exatamente 4,3684 vezes menor. O tempo

 

de viagem, no entanto, é maior — um ano.

Claro que para a viagem de 100000 anos-luz a inércia também poderia ser 4,3684 vezes menor que 4 • 10-9, e o consumo de combustível seria respectivamente menor, além do que a viagem demoraria menos tempo para ser concluída. Mas talvez, como já mencionado, obter e manter uma inércia muito baixa seja muito mais complexo e requeira tecnologia mais avançada.

Quanto à viagem deste último exemplo, dita realizável no período de um ano, tendo a nave uma velocidade de 2 184200 c, na realidade a viagem demorará um pouco mais, pois a velocidade de  2 184 200  c  só  ocorre  depois  de  um

período de aceleração de 1500000 s (17,361 dias), considerando uma aceleração de 436840 km/s². A distância percorrida durante a aceleração, e durante a desaceleração, seria de:

 

Tempo de aceleração² • aceleração / 2

 

15000002 • 436840000 / 2 = 4,914450 • 1020 m, ou 51949,7885880 anos-luz.

 

A distância percorrida com a velocidade máxima e constante de 2184200 c seria de:

 

2184200 anos-luz – (51949,788580 anos-luz • 2) = 2080300,423 anos-luz

 

2080300,423 anos-luz / 2184200 c = 0,952431289 ano ou 347,637420 dias

 

347.637420 dias + (2 • 17,361 dias) = 382,359420 dias ou 1,047560 anos, só para a viagem de ida (e o mesmo tempo para a viagem de volta).

 

Nestes exemplos, como a velocidade das hipotéticas naves foi considerada bem inferior a ci (1 / 500 de ci), a dilatação temporal e a contração espacial não contribuirão significativamente para a redução do tempo de viagem. Com uma velocidade de 1 /500 ci, a dilatação temporal, assim como a contração espacial, será, respectivamente, de apenas 1,000002 e 0,999998, o que realmente é praticamente insignificante. E, talvez seja preciso salientar, com velocidade superior a c, o tempo que as pessoas na Terra teriam de esperar pelo retorno de uma nave luzcinética seria o mesmo tempo que a tripulação da nave teria que esperar para realizar a viagem de ida, empreender a exploração no sistema da estrela destino e realizar a viagem de volta, nada mais (desde que a velocidade da nave seja superior a c).

Para tanto, é claro, é preciso conseguir produzir e manter inércias muito baixas.

Superada esta questão, devem-se considerar outras como: sistema de propulsão capazes de produzir acelerações tão elevadas quanto 100000 km/s² e 436840 km/s², navegação cósmica, eventual atrito com gases e poeira interestelares, radiação cósmica elevada devido à diminuição da inércia e aumento de velocidade e fontes de energia. Esses assuntos serão tratados mais adiante nos subcapítulos Fontes de energia e tração luzcinéticas e A nave luzcinética.                                             

Agora, talvez seja preciso descrever com maior clareza o que deve ocorrer quando uma espaçonave luzcinética alcança a velocidade de escape entre os espaços-tempos. Em primeiro lugar, logicamente, a nave deve desenvolver inerciação para poder tornar-se um móvel inerciativo. Ao móvel inerciativo se aplicarão as leis da física relativística-inerciativa (Luzatividade). Ao móvel não-inerciativo se aplicarão as leis da física relativística apenas, seja em velocidade sub ou ultra-luz (ver equações relativísticas não-inericativas na página 57 e equações relativísticas-inerciativas na página 86). Não sendo inerciativo, um móvel nunca vencerá a barreira da velocidade da luz, c. Essa barreira é a massa e a energia cinética infinitas. Sendo inerciativo, a barreira da velocidade c desaparece. No entanto, surge outra barreira, a velocidade ci, que poderá até ser menor que c, que é o que ocorre quando a inércia é aumentada, arremetendo a nave ao subespaço ou ao subverso. A barreira da velocidade ci também é a massa e a energia cinética infinitas, e só pode ser vencida através do hiperespaço natural, mas requer tecnologia muito mais avançada. A viagem via hiperespaço natural será tratada logo adiante. Quando a velocidade de escape entre os espaços-tempos é alcançada, o móvel inerciativo (nave luzcinética) pode desativar a inerciação. No entanto, a inércia praticada durante a inerciação se manterá inalterada, e o móvel poderá acelerar, ou frear, que a inércia múltipla, unitária ou fracionária se manterá, e o móvel ficará preso no espaço-tempo em que adentrou. Passam então a valer as leis da física relativística não-inerciativa da página 56, com v sendo sempre superior a c, para o caso do superespaço e do superverso — a barreira da velocidade da luz, c, volta a existir, mas agora como um limite mínimo de velocidade, velocidade na qual a massa e a energia seriam infinitas. No subespaço e no subverso, a velocidade c será substituída pela velocidade ci, e quanto maior a velocidade do móvel, maior será a energia cinética, até que, com uma velocidade igual a ci, a energia cinética será infinita, enquanto que a massa também; toda a energia se converterá em massa. No superespaço ou no superverso, quanto maior a velocidade do móvel, menor será a energia cinética, assim como a massa, até que, com uma velocidade igual a ci, a energia cinética será zero absoluto; a massa será igual a unidade, multiplicada pela inércia fracionária. No caso do superespaço e do superverso, alcançada a velocidade de escape entre os espaços-tempos e desativada a inerciação, surgirão os taquions. Os taquions serão equacionados pela relatividade não-inerciativa ultra-luz. Porém a massa e a velocidade da matéria taquiônica serão equacionados pela Luzatividade; a massa será igual a m • i, enquanto a velocidade será igual a v / i.

Se, para a maioria das viagens interestelares e intergalácticas a inerciação alternada via hiper-artificial superespaço — superverso pode ser viável, para transportes de matéria em rotas fixas poder-se-ia utilizar o hiperespaço natural. A inerciação alternada não serviria, pois a inércia teria de ser zero absoluto. Uma espaçonave com tal inércia seria incontrolável, pois a velocidade seria infinita, percorrendo o infinito antes de parar — e pararia não se sabe onde. As naves espaciais para transportes via hiper-natural ficam portanto descartadas. Para transportes via hiper-natural serão necessárias estações emissoras e receptoras de matéria inerciativa. A construção e instalação de uma estação emissora não constituiria grande problema. As estações receptoras, no entanto, precisariam ser construídas, embarcadas em naves luzcinéticas, que viajariam via hiper-artificial superespaço — superverso. As naves alcançariam o destino em tempo efetivo zero. Após a instalação da estação, o transporte de matéria elementar ou de pessoas poderia ser realizado sem a utilização de espaçonaves. Mesmo espaçonaves poderiam se deslocar pelo cosmo através de estações transmissoras de matéria inerciativa, uma vez que as estações teriam à disposição vastas reservas de energia, podendo transmitir por enormes distâncias as espaçonaves, que seriam utilizadas para os deslocamentos nas proximidades do sistema estelar destino.

A transmissão de matéria-energia de uma estação transmissora para outra será modulada, em uma freqüência ou numa faixa de freqüências, e cada estação terá sua freqüência ou faixa de freqüências específica de sintonia. A transmissão, partindo da estação emissora, percorrerá a distância precisa até a estação receptora cuja freqüência ou faixa de freqüências for sintonizada. A energia necessária para a transmissão será igual aquela que seria necessária para uma viagem da mesma distância entre as estações via hiper-artificial superespaço — superverso.

A transmissão hiperespacial também servirá para a troca de informações instantâneas entre naves espaciais dispersas pelo cosmo, entre planetas, sistemas planetários, galáxias, e também, no caso de um avanço tecnológico elevado, até para transmissão de matéria-energia através de curtas distâncias. A potência do transmissor ditará o seu alcance, que deve ser calculado como se fosse uma viagem via hiper-artificial superespaço — superverso.

Ao contrário do que se pode imaginar, a velocidade de um deslocamento no hiperespaço natural não será infinita. A velocidade infinita no hiper-natural será uma impressão causada pela estagnação do tempo, pois no hiper-natural o tempo não passa ou não existe, por isso os cálculos de energia necessários para a transmissão via hiper-natural serão os mesmos das equações para deslocamentos via hiper-artificial superespaço — superverso, exceto, porém, que o relativismo não se aplica no hiper-natural. A velocidade considerada no hiper-natural será aquela desenvolvida no último instante no hiper-artificial superespaço — superverso (ou no superespaço ou no superverso apenas). A diferença será a paralisação do tempo, tanto para quem viaja no hiper-natural quanto para quem espera em qualquer outro espaço-tempo. Ou seja, entre entrar em um transmissor hiperespacial e sair por outro, milhares, milhões ou bilhões de anos-luz distante, o tempo, para quem faz a viagem e para quem espera, será tempo zero.

 

Agora, como prometido, descreverei um exemplo de inerciação axial, que difere da inerciação radial (que foi apresentada no primeiro postulado, a Inercinética) por utilizar-se de raios de curvatura de movimento transversais muito menores, pela característica de que em toda a nave em inerciação, ou seja, tanto na sua dianteira quanto na sua traseira, a intensidade da inerciação é a exatamente a mesma e pelo comportamento do corpo da nave na trajetória em ondas, que, ao invés da inerciação radial, mantém a dianteira da nave sempre voltada para frente e não tomba e destomba através da trajetória. Com menores raios de curvatura de movimento transversal, a força centrífuga necessária para compensar a força de inércia da aceleração linear poderá ser gerada a partir de movimentos de menor velocidade, ou, se gerada com velocidade de curvatura elevada, permitirá que a aceleração seja muito maior, e a freqüência da ondulação da trajetória poderá ser maior. No exemplo da Inercinética, o móvel inerciativo partia de uma velocidade constante de 156,493 m/s, realizando uma curvatura de raio de 2499 m, durante 90º de curvatura; no instante 90º (25,083 s) a velocidade do móvel, que acelerava a 9,8 m/s² durante a curvatura, alcança a velocidade de 245,819 m/s, que, em combinação com o movimento de velocidade constante de 156,493 m/s da curvatura, produzia uma velocidade resultante de 291,405 m/s; com um período de semi-onda de 25,083 s, a freqüência de inerciação do móvel é de 0,019933 Hz; a distância de 5581,868 m, percorrida pelo móvel no primeiro estágio inerciativo, dividida pelo raio de 2499 m, dá uma relação de amplitude de 2,233, que é mantida em todos os próximos estágios. Como o deslocamento longitudinal do móvel se realiza com uma defasagem de 32,481º em relação a distância em trajetória perfeitamente linear que separa o móvel do seu destino no cosmo, esse deslocamento de 5 581,868 m equivale a um deslocamento eficaz de co-seno 32,481º, ou seja, 4708,694653 m. Na inerciação axial, o raio de curvatura transversal pode ser menor, 24,99 m, por exemplo. Partindo de uma velocidade de 156,493 m/s, a aceleração do impulso linear longitudinal será de 980 m/s²; realizando uma curvatura de 90º num raio de 24,99 m, o período de semi-onda será de 0,250836 s, e a freqüência de inerciação será de 1,993328 Hz, 100 vezes maior que a do móvel em inerciação radial. A distância percorrida com o impulso de 980 m/s² durante o período de 0,250836 s será de:

 

Tempo² • aceleração / 2

 

0,250836² • 980 /2 = 30,830162 m, que é 100 vezes menor que a distância percorrida pelo impulso de 9,8 m/s² durante o período de 25,083 s do móvel em inerciação radial. A distância resultante percorrida pelo móvel em inerciação axial é calculada pela soma do raio com a distância percorrida pelo móvel durante a sua aceleração para fora da curva, conforme se segue:

 

24,99 + (0,250836² • (980 /2)) = 55,82016246 m, que é 100 vezes menor que a distância resultante para o móvel em inerciação radial. Esse deslocamento também está em defasagem com a linha reta que liga o móvel ao seu destino, num ângulo de 32,481º, resultando numa distância percorrida eficaz de 47,08819071 m para o impulso do primeiro estágio inerciativo. Assim como para a inerciação radial, o segundo estágio inerciativo do móvel em inerciação axial terá um impulso de aceleração 1,862 vezes maior que o primeiro. No exemplo de inerciação radial da Inercinética, a velocidade resultante alcançada pelo móvel, no vigésimo estágio inerciativo, era de 39274517,25 m/s, ou 0,130915057 c. Para o móvel em inerciação axial deste exemplo, ao fim do primeiro estágio inerciativo a velocidade do móvel será:

 

0,250836 s • 980 m/s² = 245,819280 m/s; a velocidade resultante será de:

 

√ (156,493² + 245,819280²) = 291,405 m/s, a mesma velocidade que no primeiro estágio para o móvel em inerciação radial, então, no vigésimo estágio de inerciação do móvel em inerciação axial a velocidade será:

 

1,86219 • 291,405 = 39274,517250 km/s, a mesma velocidade do móvel em inerciação radial no vigésimo estágio, porém num período de tempo 100 vezes menor, ou seja, em 5,016720 s em vez de em 501,672 s. Num período de 501,672s, o móvel em inerciação axial realizaria 2000 estágios inerciativos, o que significa que a velocidade de 291,405 m/s do primeiro estágio seria elevada 1,8621999 vezes, que é simplesmente imensurável (1,4251829340908528942436002820526 • 10542 m/s, ou 4,7506097803028429808120009401755 • 10533 c). Logicamente que tal velocidade parece mais pertencente ao hiperespaço natural, que, alias, é ao que a inerciação axial exemplificada se aplicaria, pois a inércia foi considerada compensada em exatos 100%.

 

 

 

 

Ilustração 4

 

Quanto ao manejo do móvel em inerciação axial, para que este apresente a mesma intensidade de inerciação em todos os seus pontos e não se desloque tombando e destombando pela trajetória, mantendo a dianteira sempre voltada para a direção do deslocamento, ou seja, somente para frente, o raio de curvatura transversal deve ser aplicado não apenas no centro do corpo do móvel, mas sim em dois pontos, um na dianteira e um na traseira, conforme a ilustração anterior (ilustração 4).  No instante zero A encontra-se a traseira do móvel, enquanto que no instante zero B encontra-se a dianteira do móvel (nave), sendo que os dois pontos, A e B, representando, respectivamente a traseira e a dianteira, se deslocam simultaneamente com movimentos idênticos, através das curvas A e B, com raios respectivos A e B idênticos de 24,99 m; os pontos A e B descrevem as trajetórias A e B idênticas (trajetórias resultantes), mantendo a linha longitudinal do móvel sempre na horizontal, isto é, sem incliná-la como acontece na inerciação radial. Quando o móvel alterna o sentido das curvas A e B, ou seja, realiza as curvas para cima, a sua dianteira encontra-se perfeitamente alinhada na horizontal, pois toda a sua linha longitudinal encontra-se alinhada na horizontal. Equivale a dizer que os pontos A e B do móvel (sua traseira e sua dianteira) nunca ficam em desnível, o que permite que a sua dianteira sempre esteja voltada para frente. Além dessa dinâmica de orientação, outro benefício da inerciação axial, como já mencionado, é a manifestação de um único valor de intensidade de inerciação (ou inércia) em todos os pontos do corpo do móvel. A outra vantagem, já descrita linhas atrás, é a possibilidade de se poder trabalhar com acelerações iniciais muito maiores. A seguir se verá um exemplo de inerciação axial alternada via hiper-artificial superespaço — superverso.

Consideremos a mesma nave do antepenúltimo exemplo, com a mesma massa de 100000 kg, a mesma inércia de 0,000000 1, a mesma velocidade máxima de 500 000 c e a mesma distância de 100000 anos-luz pela frente. Como a inerciação será alternada e não contínua, a nave realizará um estágio inerciativo no superespaço e um no superverso, alternando a inércia entre + 0,000000 1 e – 0,000 0001. Nos exemplos anteriores não foi descrito o tempo necessário para que a nave alcançasse a aceleração estipulada, mas agora esse tempo será calculado. A velocidade de 500000 c (1,5 • 1014 m/s) será alcançada em x estágios inerciativos, que podem ser calculados pela fórmula que se segue:

 

Velocidade do primeiro estágio = 156,493 m/s

Velocidade da final da nave = 1,5 • 1014 m/s

Amplificação de velocidade = 1,5 • 1014 / 153,493 = 9,585 093263 • 1011

Logaritmo 9,585093263 • 1011 / Logaritmo 1,862 = 44,379 623 28

 

Significa, portanto que, para elevar a velocidade da nave a partir da velocidade inicial do primeiro estágio até a velocidade de 1,5 • 1014 m/s, seriam necessários 44,379623 28 estágios inerciativos. Mas, a aceleração máxima, que é de 100000 km/s2, é alcançada numa velocidade de 18,55241101 estágios. Após este último estágio, a nave acelera com aceleração constante, e mantém a inerciação apenas para permanecer no superespaço. Os 18,552 estágios inerciativos para que a nave alcance a aceleração máxima serão realizados em um período de:

 

18,552 • 0,250836 s = 4, 653509 s.

 

Para alcançar a velocidade de 500000 c, acelerando a 100000 km/s2, a nave demorará 1500000 s, ou 17 dias, 8 horas e 40 minutos. 

 

Considerando que o primeiro estágio inerciativo se realize no superespaço com aceleração de 980 m/s², o movimento curvo transversal, gerando uma aceleração centrípeta de 980 • (1 – 10-7) = 979,999902 m/s², tendo uma curvatura de raio de 24,99 m, terá uma velocidade de:

 

√ (24,99 • 979,999902) = 156,493442500 m/s

 

A curvatura, tendo extensão de 90º, será realizada num período de:

 

24,99 • 2π / 4 / 156,493442500 = 0,250836070 s

 

Nesse período, a nave alcançará a velocidade de:

 

0,250836070 • 980 = 245,819349300 m/s, que, combinada com a velocidade do movimento curvo transversal, dará uma velocidade resultante de:

 

√ (245,819349300²+ 156,493442500²) = 291,405816700 m/s, que será a velocidade do movimento curvo transversal do segundo estágio. A aceleração do impulso linear longitudinal do segundo estágio será igual a:

 

291,405816700 / 156,493442500 • 980 = 1824,854101 m/s²

 

A velocidade da curvatura do segundo estágio será de:

 

291,405816700 / 156,493442500 = 1,862096022

√ (1824,854101 • (24,99 • 1,862096022 • (1 – 10-7))) = 291,405816700 m/s, que é a velocidade do movimento curvo transversal para uma aceleração centrípeta de 1824,854101 m/s²; a aceleração centrípeta, no entanto, deve ser 1,0000001 vezes maior que a aceleração do impulso linear longitudinal, do que o raio da curvatura deve ser 1,0000001 vezes menor que 24,99 • 1,862096022 • (1 – 10-7), 46,533774940 m, ou seja:

 

24,99 • 1,862096022 • (1 – 10-7)2 = 46,533770280 m

 

291,405816700² / 46,533770280 = 1824,854283 m/s², que é 1,0000001 vezes maior que a aceleração do impulso linear longitudinal, fazendo com que a inércia 0,0000001 se torne negativa e o segundo estágio se realize no superverso. Assim, alternando a inércia entre +0,000000 1 e – 0,0000001, controlando-se a inerciação, a nave se propagará no hiper-artificial superespaço — superverso, e o tempo efetivo da viagem para a tripulação será zero, enquanto que para as pessoas na Terra transcorrerão 90,359 642 dias (+ 11,131986370 s para alcançar a velocidade de cruzeiro — 500000 c).

 

3.2 Fontes de energia e tração luzcinéticas

 

Para as viagens interestelares e intergalácticas que se utilizarem apenas do superespaço (ou apenas do superverso) para a propagação das naves luzcinéticas, a técnica de propagação se chamará inerciação contínua, pois não alterna entre um espaço-tempo positivo e um negativo. A fonte ou fontes de energia mais comuns serão os combustíveis nucleares, ou, melhor que isso, matéria fotonizada, a qual gerará energia luzcinética, que por sua vez gerará a energia mecânica chamada supercinética. A energia supercinética está fundamentada na velocidade aumentada da luz, ou seja, na redução de inércia, a qual aumenta o limite de velocidade da luz. E será igual a E / i. O hidrogênio, além de ser o melhor combustível nuclear, também é o melhor combustível químico, e ainda é o mais abundante no Universo. Pode parecer, a princípio, que a simples combustão de um combustível, para a obtenção de energia térmica, a qual produzirá a expansão de um propelente, seja algo muito simplório e ultrapassado. Mas, analisando melhor, se perceberá que o calor é eletromagnetismo, pois apresenta-se como radiação infravermelha. Um motor térmico é portanto essencialmente uma máquina eletromagnética. E, como com a redução da inércia ocorre o aumento do potencial energético dos combustíveis, de infravermelho a radiação térmica passará para visível e até ultravioleta. A propulsão da nave luzcinética com inércia reduzida será portanto essencialmente propulsão fotônica, eletromagnética. Além do que, a forma de propagação, que se realiza através da inerciação, é a própria fotonização da matéria, no caso da redução da inércia. Quando a inércia é aumentada, ocorre a desfotonização da matéria ou a massificação da matéria. Na fotonização da matéria, massa é convertida em energia, e na massificação energia é convertida em massa. Tanto a fotonização quanto a massificação podem ocorrer no lado positivo do Universo. No entanto, no lado positivo ocorre naturalmente a fotonização, e no lado negativo ocorre naturalmente a massificação. Quando ocorrem naturalmente, a fotonização e a massificação são chamadas de inerciatividade, como explicado no capítulo 2. Quando ocorre de maneira forçada, e amplificada, a fotonização e a massificação são chamadas de inerciação. Para as viagens interestelares e intergalácticas nos interessam a fotonização e a massificação forçadas da matéria. Através da fotonização forçada, que é produzida pela inerciação de inércia reduzida (menor que 1, 0,000000 1, por exemplo), um combustível libera muito mais energia, como já descrito.

As fontes de energia poderão ser combustível químico, combustível nuclear ou matéria fotonizada. No caso dos combustíveis químicos, não será possível à nave alcançar alta velocidade, mas ainda assim será suficiente para produzir inerciação. O melhor combustível químico é o hidrogênio, que tem, no interespaço, um potencial energético de 33960 quilocalorias (142156560 joules) por kg de massa. Com inércia de 10-7, por exemplo, esse potencial aumenta 10000 000 de vezes; para alcançar uma velocidade de 500000 c com inércia de 10-7, a energia necessária, para uma nave de 100000 kg, é de 2,254 • 1026 joules, o que requereria 1,585735866 • 1018 kg de hidrogênio, o que é impraticável. Com uma inércia de 10-7 a velocidade máxima possível de se obter com o hidrogênio químico seria em torno de 12000 km/s ou 0,04 c; a massa de hidrogênio que a nave de 100000 kg teria de transportar seria de 81037 kg, suficientes para uma viagem de ida e volta, que requereria quatro vezes a energia da primeira aceleração inerciativa da nave, pois seria uma aceleração de partida, uma desaceleração de chegada no destino, uma nova aceleração para o início do retorno e uma nova desaceleração para a chegada de volta a Terra, tudo duplicado pela tração curva transversal. Com uma inércia de 10-14, a nave de 100000 kg, carregada com 81037 kg de hidrogênio para combustão química alcançaria a velocidade máxima de 126,490 c, para uma viagem de ida e de volta, ou seja, contando com duas acelerações, duas desacelerações, dobradas pela tração curva transversal, e considerando que 50 % da massa combustível fosse destinada para os deslocamentos no sistema da estrela destino — mas, uma inércia de 10-7 já seria muito baixa, então conseguir uma inércia de 10-14 seria consideravelmente mais difícil. Com uma fonte de energia nuclear a velocidade de 500000 c seria alcançável, pois a quantidade de massa nuclear seria igual a E / ci²; para uma viagem de ida e de volta, a nave precisaria carregar 3200 kg de combustível nuclear (para uma nave que mantivesse uma inércia de 4 • 10-9, como no exemplo anterior), já considerando um rendimento de conversão de massa em energia de 0,001 e que 50 % da massa combustível seria destinada para os deslocamentos no sistema da estrela destino. A fonte de energia também poderia ser matéria fotonizada, pois a energia cinética da aceleração da matéria seria menor que a energia total, desde que a velocidade da matéria fonte de energia fosse consideravelmente menor que ci, para que o rendimento fosse o maior possível. Por exemplo, com uma inércia de 10-7, no interior da nave uma estação redutora de inércia reduziria a inércia da matéria a ser fonte de energia para 5 • 10-9 (por exemplo) e aceleraria a matéria até uma velocidade equivalente a ci 10-7 (3 • 1015 m/s) e a faria colidir com outra porção da mesma matéria; da colisão resultaria a energia, que, no caso do exemplo, converteria 0,998749218 da massa em energia, pois a energia cinética da aceleração da matéria seria igual a 0,001250782 da energia total (0,001250782 + 0,998749218 = 1). Para alcançar uma velocidade de 500000 c, com uma inércia de 10-7, numa viagem de ida e volta (duas acelerações e duas desacelerações) a energia necessária, 9,016910232 • 1026 joules, a quantidade de matéria a ser fotonizada seria de (9,016910232 • 1026 / (3 • 1015)2 / 0,998749218 = 1,003133616 • 10-4 kg (Mi), que, medidos no interespaço equivalem a 1003,133616 kg; outra quantidade igual poderia ser utilizada para os deslocamentos no sistema da estrela destino. Com uma inércia de 4 • 10-9, para alcançar a velocidade de 500000 c numa viagem de ida e volta a energia necessária seria de 3,6 •1025 joules, 25,046972 vezes menos que com uma inércia de 10-7, e a massa a fotonizar seria de 1,6 kg (medidos no interespaço), só para a viagem de ida e de volta; outra quantidade igual seria suficiente para os deslocamentos no sistema da estrela destino. Considerando que a nave de fonte nuclear carregasse 50 toneladas de massa combustível nuclear, e que para cada 1600 kg se pudesse viajar 200 000 anos-luz, a sua autonomia seria de 6250000 anos-luz. A nave de fonte luzcinética, carregando 50 toneladas de matéria fotonizável, com uma inércia de 4 • 10-9 e alcance de 200 000 anos-luz com 1,6 kg de matéria fotonizável, teria uma autonomia de 6250000000 anos-luz, 1000 vezes mais que a nave de mesma inércia com fonte nuclear, exatamente a diferença de rendimento de conversão da massa em energia da fonte luzcinética em relação a fonte nuclear.

Com uma autonomia de 6250000 anos-luz, a nave luzcinética de fonte nuclear faria 2,861 vezes o percurso da distância entre a Via-Láctea e Andrômeda, que é de 2184200 anos-luz. A nave de fonte luzcinética, com autonomia de 6250000000 anos-luz realizaria o mesmo trajeto 2861,459 vezes.    

Com a inércia negativa, no superverso, um combustível absorverá energia ao reagir quimicamente ou nuclearmente. A reação química ou nuclear do combustível absorverá a energia do combustível e a converterá em massa. Na reação, o combustível se contrairá e esfriará, pois perderá energia (a energia será convertida em massa) e aumentará de densidade. Combustíveis líquidos só servirão para propulsão se previamente gaseificados. A contração do gás combustível gerará empuxo invertido, pois a contração será uma implosão. A retro propulsão se tornará ante propulsão, e os propulsores deverão ser direcionados a favor do sentido de deslocamento da nave, ou seja, para frente.

Uma nave no superverso, após alcançar a velocidade de escape entre os espaços-tempos, desativando sua inerciação, deverá direcionar os bocais exaustores dos propulsores, que funcionam a base de ante propulsão, contra do sentido do deslocamento da nave, ou seja, para trás, pois a matéria torna-se taquionica, e quanto menor for a energia cinética da matéria nessas condições (não-inerciativa a partir de v = velocidade de escape entre os espaços-tempos), maior será sua velocidade. A ante propulsão se converterá novamente em retropropulsão. Mantida a inerciação depois de alcançada a velocidade de escape entre os espaços-tempos, a propulsão ainda será a ante propulsão. E, independente de retro ou ante propulsão, a técnica de propulsão/propagação será a tração luzcinética contínua negativa. No superespaço a técnica de propulsão/propagação será a tração luzcinética contínua positiva. No superespaço, quando a nave alcançar a velocidade de escape entre os espaços-tempos, também a matéria se torna taquionica se desativada a inerciação, e a retropropulsão deverá ser direcionada para frente. No subverso e no subespaço a matéria, ao alcançar a velocidade de escape entre os espaços-tempos também se torna taquionica, apesar da velocidade infraluz; mais precisamente, a matéria se torna infra-taquionica, e desativando a inerciação, deverá ser usada a ante propulsão, ou seja, no subverso os ante propulsores deverão ser direcionados para trás, e no subespaço os retro propulsores deverão ser direcionados para frente. Para adentrar um hiperespaço artificial será necessária a tração luzcinética alternada, que é a alternância de tração luzcinética contínua positiva e tração luzcinética contínua negativa. A fonte de energia será o que se pode chamar de energia luzcinética alternada.

Para correta definição da espécie de fonte de energia, se material fotonizado, se combustível químico ou se combustível nuclear, a fonte de energia cuja matéria prima é material fotonizado se chamará Fonte Luzcinética, e a fonte de energia cuja matéria prima for material combustível químico se chamará Fonte Combustível, e a fonte de energia cuja matéria prima for combustível nuclear se chamará Fonte Nuclear. As três fontes gerarão o produto energético supercinético, que é a manifestação mecânica da energia luzcinética, necessário para o acionamento dos propulsores.

Alcançada a velocidade de escape entre os espaços-tempos, os propulsores devem ser direcionados no sentido oposto, pois a matéria torna-se taquionica, e quanto menor a energia cinética maior será a velocidade — se bem que viajar com uma velocidade relativa tão próxima de ci será antieconômico e talvez até quase inviável. Somente será viável para os casos em que a velocidade de escape entre os espaços-tempos precise ser vencida, como por exemplo, para viajar até um mundo paralelo a Terra ou paralelo a outro dos planetas do sistema solar.

Os materiais componentes das peças dos moto-propulsores, fabricados de aço reforçado ou titânio, deverão suportar muito altas temperaturas. Ocorre que os metais, e qualquer outra matéria, ao adentrar o superespaço ou o superverso, adquire a propriedade de suportar muito mais calor ou outro tipo de carga energética. Com uma inércia de 0,000000 1, por exemplo, um metal suportará 10 milhões de vezes mais calor.

Ainda considerando as fonte de energia e tração luzcinéticas, sendo possível aproveitar-se da energia gravitacional entre um espaço-tempo e outro e dela obter tração, será possível desenvolver espaçonaves providas de motores gravitacionais luzcinéticos, os quais produzirão a tração gravitacional luzcinética. Dessa forma, será possível viajar através do cosmo sem gastos de energia. Assunto para o sub-capítulo 3.4.

 

3.3 A nave luzcinética

 

O formato de uma nave luzcinética pode, a princípio, ser qualquer um, pois no vácuo espacial não há a resistência do ar. No interior de uma atmosfera, com velocidade supersônica, ou em meio ao gás e a poeira interestelares, com velocidade de 500000 c, a nave luzcinética sofrerá significativo atrito, mesmo se deslocando fotonizada, ou seja, a nave luzcinética de inércia reduzida atravessará as massas de gás e poeira como um raio de luz, e haverá algum atrito ou refração, e a nave precisará estar protegida o máximo possível. Além de um formato mais ou menos aerodinâmico, será bom a nave possuir um campo energético de defesa. Quanto ao formato, imaginemos uma nave de formato ogival alongado; o comprimento do casco é de 100 m e o diâmetro de 28 m. A massa total é de 100000 kg. A popa é bojuda; do meio para trás do corpo da nave o diâmetro é máximo, de 28 m; a proa é arredondada e afinada. Além do casco, a nave tem três patas de apoio, uma na dianteira, estendida para frente, uma na lateral posterior esquerda, estendida para o lado esquerdo e uma na lateral posterior direita, estendida para a direita. Essas três patas são retráteis, encaixando na parte inferior do casco quando a nave decola.

O sistema de propulsão será a inerciação axial contínua e alternada, com fonte luzcinética. Para isso, serão necessários seis propulsores: um fixo na vertical à direita da proa, um fixo na vertical à esquerda da proa, um fixo na vertical no meio do costado da direita, um fixo na vertical no meio do costado da esquerda, outro fixo na horizontal à direita da popa e outro fixo na horizontal à esquerda da popa. Todos os seis propulsores são reversíveis. Com essa configuração do sistema de propulsão, a nave também poderá realizar curvas em alta velocidade, produzindo uma inerciação tridimensional.

Esse tipo de manobra, no entanto, é muito complexa, e a velocidade ainda precisará ser razoavelmente reduzida para que se posse realizar uma curva mais fechada. Quando a nave realiza uma curva em velocidade, serão necessárias duas operações de inerciação ao mesmo tempo, e, sendo que a nave possui apenas um sistema de propulsão, a potência será divida para as duas operações de inerciação ou será direcionada toda para a manobra de curvatura. Como a nave tem uma massa de 100000 kg, a menor inércia possível é de 10-7 e a aceleração máxima é de 100000 km/s², a potência máxima é de:

 

Massa • inércia • aceleração² • 2 = potência

100000 • 10-7 • 100000000² • 2 = 2 • 1015 watts, ou 200000 giga watts, sendo 100 000 para a aceleração linear longitudinal e 100000 para os movimentos curvos transversais. A nave alcançará a aceleração máxima (108 m/s2) num período de:

 

Logaritmo (amplificação de velocidade) / logaritmo 1,862 • 0,250836 s por estágio inerciativo + 0,250836 s do primeiro estágio = tempo em segundos

Log (108 / 980) / log 1,862 • 0,250836 s + 0,250836 s = 4,904448567 s. Depois de alcançada a aceleração máxima, a nave então acelera normalmente, por um período de 1500000 s (416,666 h ou 17,361 dias), para alcançar a velocidade máxima, 500000 c.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ilustração 5

 

A ilustração mostra o formato hipotético da nave. P1, P2, P3, P4, P5 e P6 são os propulsores. O primeiro desenho mostra a nave de lado, e o segundo mostra a nave de cima. Observe-se que os corpos cilíndricos dos propulsores estão posicionados no sentido em que devem produzir empuxo, ou seja, P2, P3, P5 e P6 estão posicionados na vertical, para que produzam empuxo na vertical, e P1 e P4 estão posicionados na horizontal, para que produzam empuxo na horizontal.

Em velocidade máxima, a curva mais fechada que a nave poderá realizar será de:

 

Aceleração • velocidade² / aceleração² • 3 = raio

108 • (1,5 • 1014)2 / (108)2 • 3 = 6,75 • 1020 m, ou 71353,06554 anos-luz, sendo que 33,333 % da potência deve ser aplicada na geração da aceleração centrípeta e 66,666% da potência deve ser aplicada na manobra de inerciação, e a força centrífuga resultante da curvatura da trajetória será reduzida a zero.

 

 

 Uma curva de 90º em máxima velocidade será realizada num período de:

 

6,75 • 1020 • π / 2 / 1,5 • 1014 = 7068583,471 s ou 81,812 dias. Será mais conveniente frear até parar, o que leva 17,361 dias, fazendo a manobra demorar 34,722 dias. Na velocidade c, 3 • 108 m/s, o raio de curvatura deverá ser:

 

108 • (3 • 108)2 / (108)2 • 3 = 2,7 • 109 m ou 2700000 km, que é um raio 7,023 vezes maior que o raio médio da órbita da lua.

Em velocidades inferiores a 15968673,47 m/s (57487224,49 km/h), que é a velocidade em que a nave do exemplo alcança a aceleração máxima, ou seja, 100000000 m/s², o cálculo do raio mínimo para a curvatura será o seguinte:

 

24,99 m • 1,862 elevado a (log (velocidade / 156,493 m/s) / log 1,862) = raio

 

Por exemplo, a 100000 km/h (27777,777 m/s) curvatura da trajetória será:

 

24,99 • 1,862 elevado a (log (27777,777 / 156,493) / log 1,862) = 4 435,768036 m, sendo que a curvatura corresponderá a exatamente a curvatura de inerciação, e a nave terá de acelerar inerciativamente com uma aceleração equivalente, ou seja, igual a:

980 • 1,862 elevado a (log (27777,777 / 156,493) / log 1,862) = 173 951,687 m/s², pois a força centrífuga terá uma aceleração equivalente. Para realizar uma curva de 90º com raio de 4 435,768 036 m, o tempo decorrido será de:

 

4 435,768 036 • π / 2 / 27777,777 = 0,25083678 s. O raio final da manobra de curvatura será aumentado pelo tempo em que a nave acelera para fora da curva; assim, ao raio inicial, deve-se somar o deslocamento da nave para fora da curva, que será igual a:

 

Tempo² • (aceleração / 2) = aumento do raio

0,250 836 78² • (173951,692 / 2) = 5472,441 099  m, o que dá um raio final de 4 435,768 036 + 5472,441 099 = 9 908,209 135 m, que dá um raio médio de 7171,988586 m.                                               Se a nave simplesmente freasse até parar para então fazer a curva, e depois retomar a mesma velocidade, o tempo decorrido seria de 0,319373461 s. Nas manobras de curvatura da trajetória, a inerciação deve ser essencialmente radial, pois é preciso direcionar a dianteira da nave para a nova direção. A aplicação da manobra de curvatura inerciativa acima é apenas um exemplo. O raio de curvatura da trajetória poderia ser reduzido, por exemplo, em 10 vezes. Para isso o raio do movimento curvo do primeiro estágio deve ser 10 vezes menor, ou seja, 2,499 m em vez de 24,99 m. Com um raio de movimento curvo inicial 10 vezes menor, a freqüência de inerciação aumenta 10 vezes, e o período de curvatura diminui 10 vezes.Com a mesma velocidade de curvatura inicial, 156,493 m/s, a aceleração inicial deve ser 10 vezes maior, ou seja, 9800 m/s2. Assim, o raio de curvatura da trajetória será calculado como se segue:

 

2,499 • 1,862 elevado a (log (27777,777 / 156,493) / log 1,862) = 443,5768036 m, ou seja, 10 vezes menor que o raio do exemplo anterior. A aceleração da nave durante a manobra de curvatura da trajetória será igual a:

 

9 800 • 1,862 elevado a (log (27777,777 / 156,493) / log 1,862) = 1 739516,877 m/s2. Para realizar uma curva de 90º com raio de 443,576 803 6 m, o tempo decorrido será:

443,576 803 6 • / 2 / 27777,777 = 0,025083678 s, que é um período 10 vezes menor que o período de curvatura do exemplo anterior, elevando a freqüência de inerciação 10 vezes, ou seja, de 1,993328 Hz para 19,933280 Hz. O raio final da manobra de curvatura será aumentado pelo tempo que a nave acelera para fora da curva; ao raio inicial, deve-se somar o deslocamento da nave para fora da curva, que é de:

 

0,0250836782 • (1739516,877 /2) = 547,2440964 m, o que dá um raio final de 443,576 803 6 + 547,2440964 = 990,820 9 m, resultando num raio médio de 717,198851 m.

 

A radiação que sobrevirá sobre a nave luzcinética com inércia de 10-7 será 10000000 de vezes maior. No entanto, a matéria no superespaço (ou no superverso) é capaz de absorver muito mais energia, e, com uma inércia de 10-7, o material constituinte do casco da nave e tudo o mais nela suportará 10000000 de vezes mais radiação. Os problemas com radiação estelar sobre a nave luzcinética serão os mesmos de hoje em dia (23/04/2010). Quanto ao possível problema de atrito da nave com gás e poeira interestelares, com uma inércia de 10-7, a densidade do gás e poeira interestelares será 10000000 de vezes menor, e, a 500000 c de velocidade, será equivalente a nave atravessar gás e poeira interestelares no interespaço com velocidade de 15000000 m/s (54000000 km/h); as naves espaciais de hoje alcançam apenas cerca de 50000 km/h, o que é 1080 vezes menos velocidade; para atravessar massa de gás e poeira interestelares a 54000000 km/h possivelmente seria necessária alguma proteção contra o atrito, pois 54000000 km/h equivalem a 0,05 c (o mesmo que 500000 c / 10000000 c, que é a velocidade da luzcinética para uma inércia de 10-7). Para solucionar o problema da radiação e ainda prover a nave de uma blindagem contra o atrito de gás e poeira interestelar, poder-se-ia por em vibração inerciativa em torno da nave uma substância gasosa com propriedades magnéticas ou eletrostáticas (gás ionizado). A substância gasosa, com uma inércia de 10-14, por exemplo, reduziria a radiação dez milhões de vezes (1 / √ 10-14), e a energia cinética da massa gasosa em rotação em torno da nave representaria a sua potência mecânica.

 

3.4 Tração gravitacional luzcinética

 

Com fraca inerciação, ou seja, com inerciação de pequena aceleração, é possível obter grades variações de inércia. E, apenas com a variação de inércia, será possível realizar travessias cósmicas de milhões ou bilhões de anos-luz. No entanto, é necessário alguma velocidade inicial, pois a tração gravitacional só amplifica (ou diminui) uma velocidade já existente. Para uma nave que pode desenvolver uma inércia de 10-7 e que precise alcançar uma velocidade de 500000 c, a velocidade inicial terá que ser de 15000000 de m/s (4166,666 km/h). Até alcançar essa velocidade, a nave deverá acelerar normalmente, de forma inerciativa, necessitando de uma fonte de energia consumidora de combustível ou matéria fotonizável. Caso a nave pudesse desenvolver uma inércia de 6,666666 • 10-15, que é uma inércia 15000000 de vezes menor que uma de 10-7, a partir de apenas 1 m/s a nave poderia alcançar a velocidade de 500000 c (1,5 • 1014 m/s). Mas, talvez uma inércia tão baixa não seja fácil de se obter, sendo mais fácil acelerar a nave até a velocidade de 15000000 m/s. A partir daí, entra em funcionamento a tração gravitacional luzcinética, dispensando uma aceleração fortíssima de longa duração que consumiria grandes quantidades de combustível ou matéria fotonizável. A tração inerciativa por meio de propulsores de retro exaustão ainda seria necessária, mas apenas para manter uma fraca inerciação, uma inerciação que poderia ser suficiente apenas para acelerar a nave alguns poucos m/s2, ou menos, alguns cm /s2. Na direção do deslocamento da nave surgiria uma força de atração gravitacional oriunda do espaço-tempo ao qual a nave se destina. Essa força de atração gravitacional na verdade seria resultante da diferença entre a gravitação do espaço-tempo de origem da nave e do
espaço-tempo de destino. Vejamos um exemplo, uma travessia cósmica de 100000 anos-luz. A velocidade máxima da nave será de 500000 c, 1,5 • 1014 m/s, e a inércia mínima 10-7, e a aceleração 108 m/s2. A velocidade inicial deverá ser de 15000000 m/s. Para alcançar essa velocidade, a partir de velocidade zero, a nave deverá acelerar não-inerciativamente até alcançar a velocidade de 156,493 m/s, o que a nave poderá fazer acelerando a 58,8 m/s2, que é uma aceleração igual a 6 vezes a aceleração da gravidade terrestre, durante um período de 2,66144557 s. Alcançada a velocidade de 156,493 m/s, inicia-se a primeira curva inerciativa, com raio de 24,99 m e aceleração linear longitudinal de 980 m/s2. Até a velocidade de 15000000 m/s, serão necessários 18,451745 estágios inerciativos, sendo que a aceleração que a nave alcançará não será a máxima, será de 93933913,98 m/s2.

 

Log (15000000/156,493) / log 1,862 = 18,451745 estágios

 

Na velocidade de 15000000 m/s, a energia cinética da nave será de:

 

150000002 • 0,01/2 = 1,125 • 1012 joules, que podem ser supridos por uma quantidade de H2 igual a:

 

1,125 • 1012 / (3 • 1015)2 / 0,001 = 1,25 • 10-16 kg (1,25 • 10-9 kg no interespaço), que é uma quantidade irrisória.

 

A nave poderia acelerar muito mais antes de se aproveitar da tração gravitacional luzcinética. Poderia, por exemplo, acelerar até 3 • 108 m/s, a velocidade da luz no interespaço. A velocidade final alcançada pela nave seria então igual a da luzcinética para uma inércia de 10-7, 3 • 1015 m/s, e seria a máxima velocidade alcançável pela nave. A travessia dos 100000 anos luz demoraria 20 vezes menos tempo, e a energia necessária seria 400 vezes maior (5 • 10-7 kg de H2 no superespaço, 5 kg no interespaço).

 

3.5 Micro-ondas inerciativas: a supertração luzcinética

 

A inerciação axial descrita anteriormente ainda fará com que os raios das ondas inerciativas fiquem muito grandes com o passar do tempo. Por exemplo, ao alcançar a velocidade máxima de 500000 c, partindo de uma curvatura inicial de raio de 24,99 m, teria uma curvatura de raio de 23784,355 anos-luz, portanto uma semi-onda com uma amplitude de 23784,355 anos-luz. No momento em que a nave alcançasse a aceleração máxima, 108 m/s2, o raio da curvatura seria de 2550000 m apenas. No entanto, como a aceleração não poderia mais aumentar, o raio de curvatura crescerá exponencialmente, aumentando demasiadamente. Não há como solucionar isso, mas, para que a nave partisse de velocidade zero com aceleração máxima, seria necessário as micro-ondas inerciativas, que constitui a tração luzcinética instantânea. Por exemplo, poder-se-ia utilizar um projetor de campo elétrico ou magnético para movimentar inerciativamente toda a matéria da nave luzcinética, em micro-ondas iniciativas de, por exemplo, 0,0000002499 m. A aceleração da primeira curva inerciativa poderia ser ampliada de forma inversamente proporcional a redução do raio de curvatura inicial, passando de 980 m/s2 para 108 m/s2, a máxima aceleração permitida para a nave. A velocidade de curvatura inicial seria de:

 

√ (0,0000002499 • 108) = 4,9989999 m/s

 

Com uma velocidade de curvatura inicial de apenas 5m/s, a nave poderia partir quase que de imediato na aceleração máxima, com um período de aceleração de apenas 5 • 10-8 s, para uma reação inercial residual de 5 m/s2 sobre a nave. Considerando que é possível suportar razoavelmente acelerações de seis vezes a aceleração da gravidade terrestre, esse tempo de aceleração se reduziria em 11,76 vezes. A nave partiria de fato de imediato na aceleração máxima.

O projetor de campo elétrico ou magnético teria a função de ionizar a matéria da nave e tudo dentro dela. Poder-se-ia utilizar mais que um projetor, e estes seriam posicionados, um na dianteira da nave e outro na traseira, ou um único no traseira, de longo alcance. De qualquer forma, o ou os projetores deveriam ficar localizados exteriormente a nave, e deveriam ser duplos. O projetor se moveria, numa pequena amplitude, no mesmo formato da onda inerciativa necessária, enquanto projetasse o seu campo. Completada uma semionda, a unidade do projetor se desligaria e voltaria para o lugar inicial, e a outra se ligaria imediatamente e realizaria a sua semionda, assim vice-versa pelo tempo que durasse a inerciação. Ionizada, a matéria da nave e do seu interior, reagiria, movimentando-se com o mesmo formato do movimento da onda inerciativa mecânica da unidade projetora de campo, produzindo inerciação. Para isso o sistema de propulsão não necessitaria da tração transversal produzida por propulsores de retro exaustão, mas o projetor de campo teria de ser potente o suficiente, e ainda seria necessária a propulsão longitudinal e a necessária para direcionar a nave.  

 

3.6 O bóson de Higgs

 

Pela Inerciação, o bóson de Higgs é, antes de uma partícula, uma onda, uma função ou um processo. Como a inerciação trabalha com ondas, é através delas que é analisado o bóson de Higgs. Ele é uma onda inerciativa ampliadora de inércia, ou seja, uma onda inerciativa que converte energia em massa. A partícula energética (o bóson), é acelerado ou desacelerado inerciativamente de forma a gerar aumento de inércia, que significa redução de energia por conversão em massa. No interespaço, a inércia zero da energia é aumentada até o valor de +1. Se, por exemplo, o bóson tem uma energia equivalente a massa-energia de um elétron, ou seja, 8,19858096 • 10-14 joules, a partícula resultante da inerciação ampliadora de inércia gerará um elétron, conforme pode-se deduzir da equação a seguir:

 

E / c2 = m

8,19858096 • 10-14 / (3 • 108)2 = 9,1095344 • 10-31 kg, que é a massa do elétron.

 

Pode ocorrer, no interespaço, que a inerciação produza uma inércia aumentada negativa, ou seja, -1, caso em que é originada uma anti-partícula. As anti-partículas geradas no interespaço são altamente instáveis, voltando ao estado energético ao encontrar-se com uma partícula.

A massa também pode ser oriunda do superespaço, quando uma inércia fracionária é aumentada para um valor de +1, fazendo surgir uma partícula com massa no interespaço, ou quando a inércia fracionária é aumentada para um valor maior que +1, fazendo surgir uma partícula (subpartícula) com massa no subespaço. Se oriundo do superverso, o bóson de inércia fracionária negativa, aumentada até -1, fará surgir uma anti-partícula no interverso, ou, se o bóson de inércia fracionária negativa, originário do superverso, tiver a inércia aumentada para um valor maior que -1, surgirá uma anti-subpartícula no subverso.

A função de onda bóson de Higgs, que é o processo inerciativo de aumento de inércia, não precisa necessariamente ser original do Universo para gerar uma partícula, ou seja, a função pode ser original do Antiverso e gerar partículas, assim como uma função de onda bóson de Higgs pode ser original do Universo e gerar anti-partículas, ou seja, antimatéria. Claro será que matéria será instável no Antiverso, assim como antimatéria será instável no Universo. O processo inverso ao processo da função de onda bóson de Higgs, uma onda inerciativa redutora de inércia, ou seja, conversora de massa em energia, poderia chamar-se anti-bóson de Higgs, e seria responsável por toda conversão de massa em energia, ou seja, responsável por toda reação que libera energia a partir da massa. Esse anti-bóson de Higgs seria tão ou mais comum que o próprio bóson de Higgs, e, no lado positivo do Universo, onde a matéria é convertida naturalmente em energia, o anti-bóson de Higgs de fato é mais comum que o bóson de Higgs. O bóson de Higgs, por sua vez, é de fato muito mais comum no lado negativo do Universo, produzindo as estrelas ao avesso, imensos convertedouros de energia em massa. No subespaço, onde a inércia é naturalmente aumentada, ocorre o anti-bóson de Higgs, mas este não converte toda massa em energia, e sim converte quase toda energia em massa, ou seja, muito pouca massa é convertida em energia.      

 

3.7 Os cinco bósons da Luzcinética

 

Além do bóson de Higgs, a Física já começa a falar na existência de mais quatro bósons exóticos. Além do bóson de Higgs e do anti-bóson de Higgs, o Tratado da Luzcinética descreve, por coincidência ou não, a existência de exatamente mais quatro bósons exóticos, sendo os três a mais que os descritos o subfóton, o superfóton e o hiperfóton, o que totaliza cinco. A Física vem chamando esses bósons de as cinco partículas divinas, sendo as quatro além do bóson de Higgs seriam necessárias para responder por certas assimetrias nos resultados observados em experimentos com choque de partículas no interior de aceleradores de partículas. O bóson de Higgs e o anti-bóson de Higgs já foram explicados. Os outros três, o subfóton, o superfóton e o hiperfóton, são simplesmente as partículas energéticas naturais do subespaço / subverso, do superespaço / superverso e do hiperespaço. As características do subfóton são a sua propriedade de ondulação quase neutra, ou seja, energia quase neutra, e a propriedade de, em interações com a matéria, gerar subpartículas (subnêutrons, subprótons, subelétrons, etc.). As características do superfóton são a sua propriedade de ondulação muito acentuada, muito mais do que para o fóton, e a propriedade de, em interações com a matéria, gerar superpartículas (supernêutrons, superprótons, superelétrons, etc.). As características do hiperfóton são a propriedade de ondulação muitíssimo acentuada, muito mais do que para o superfóton, e a propriedade de, em interações com a matéria, gerar hiperparticulas (hipernêutrons, hiperprótons, hiperelétrons, etc.). As partículas hipermateriais, que são geradas por interações de hiperfótons, não possuem massa, pois a sua inércia é zero absoluto, e a sua existência é um mistério, pois o hiperespaço é praticamente insondável.

Havendo a existência de mais quatro bósons exóticos além do bóson de Higgs, surgirão novos férmions (subférmions, superférmions, hiperférmions), que são as subpartículas materiais, as superpartículas materiais e as hiperpartículas materiais. Como elas, e os seus bósons originários, podem existir no interespaço por certos períodos de tempo, gerados de uma colisão de partículas naturais do interespaço, as assimetrias observadas nas colisões dentro de aceleradores são perfeitamente descritíveis. Basta lembrar-se do sub-capítulo 2.4, em qual são descritos novos tipos de partículas elementares e novos espectros de radiação, e a questão da assimetria nos resultados de colisões em aceleradores poderá ser respondida.   

 

4.0 Inercização

 

4.1 Inversões relativísticas e transmutações inerciativas: matéria taquionica inercizada

 

Depois de alcançada a velocidade de ci / √ 2 a matéria constituinte de uma nave torna-se taquionica, e a velocidade ci pode ser alcançada facilmente, pois quanto menor a energia cinética da nave maior será a sua velocidade. Para alcançar a velocidade de ci / √ 2, a carga de combustível ou matéria fotonizável corresponderá a 82,842 % da massa total da nave, não importa o valor de inércia utilizada. A inercização pode produzir inversões relativísticas, que são o aumento da massa de repouso, a redução do comprimento e o aumento da densidade, quando a velocidade ultraluz é reduzida até c. A inercização ocorre quando o móvel inerciativo reduz a velocidade de forma não-inerciativa, ou seja, o móvel alcança elevada velocidade inerciativamente, e depois desacelera não-inerciativamente. Depois de alcançada a velocidade de ci / √ 2 e desativada a inerciação, o móvel inerciativo terá que acelerar para reduzir a velocidade. Antes de alcançar a velocidade de ci / √ 2, a desaceleração poderá ser realizada normalmente, ou seja, freando. Com uma inércia de 10-7, por exemplo, a velocidade ci / √ 2 será 2,121 320 344 • 1015 m/s (7 071 067,812 c); nessa velocidade, a massa aumentará e o comprimento diminuirá num valor de:

1 / √ (1- (2,121 320 344 • 1015 / 3 • 1015)2) = 1,414 213 562; a densidade aumentará num valor igual a 1,414 213 562², ou seja, 2.

 A partir dessa velocidade (ci / √ 2), um móvel inerciativo começa a reduzir a velocidade, mas de forma não-inerciativa; para isso o móvel precisará acelerar, pois sua matéria torna-se taquionica. A sua velocidade mínima será igual a c; na verdade será no mínimo ligeiramente maior que c, pois na velocidade c a energia cinética e a massa seriam infinitas. Digamos que o móvel consiga reduzir a velocidade até 1,001 c; a sua massa aumentará em tantas vezes quanto o seu comprimento irá diminuir, conforme a equação a seguir:

 

1 / √ (1 – (1 / 1,001)²) = 22,377 446 79; a sua densidade aumentará num valor igual a 22,377 446 79², ou seja, 500,750 124 9.

 

A massa do móvel, que era de 1,414 213 562 vezes maior que a massa de repouso, o comprimento 1,414 213 562 vezes menor e a densidade 2 vezes maior, será de:

 

A massa: 1,414 213 562 • 22,377 446 79 = 31,646 488 74 vezes maior

 

O comprimento: 1,414 213 562-1 / 22,377 446 79 = 0,031,599 082, ou 31,646 488 74 vezes menor

 

A densidade: 2 • 22,377 446 79² = 1 001,500 25 vezes maior

 

Na realidade, essas são as propriedades da matéria taquionica. Depois de reduzir a velocidade de ci 10-7 / √ 2 até 1,001 c, o móvel inerciativo pode reduzir inerciativamente (que é a única forma possível) a zero a velocidade; a matéria então apresentará novas propriedades elementares. Assim, toda a tabela periódica pode ser transmutada inerciativamente, produzindo novos elementos. Esses elementos constituiriam matéria taquionica inercizada. Esse tipo de matéria não pode existir no interespaço nem no interverso.

 

5.0 Inerciexoação

 

5.1 Os óvnis

 

Pelo capítulo 2, Inerciatividade, ficou esclarecida a existência de sete realidades espaço-temporais diferentes, ou seja, a realidade espaço-temporal do nosso espaço-tempo, o Universo einsteiniano, chamado interespaço, coexistente com mais seis outras realidades espaço-temporais, o subespaço, o superespaço, o hiperespaço, o superverso, o interverso e o subverso. Dessas realidades espaço-temporais é possível criar outras artificiais, vinte e uma, totalizando vinte e oito. O Universo, no entanto, deve existir nos sete espaços-tempos básicos, produzindo a existência de seis astros ou mundos paralelos para cada astro no Universo conhecido. Assim, Marte, ou Vênus, ou a própria Terra, por exemplo, podem ser habitados fora do nosso espaço-tempo. O mesmo deve ocorrer em outros sistemas planetários de outras estrelas. E, mesmo que nem Marte, Vênus nem a Terra sejam habitados fora do nosso espaço-tempo, planetas de outras estrelas podem ser, e deles podem estar chegando até a Terra espaçonaves luzcinéticas de outras civilizações inteligentes. Pois, com a descoberta da luzcinética, não apenas o caminho da Terra para outros mundos é aberto, mas também o caminho de outros mundos para a Terra, uma vez que também em outros mundos a luzcinética também pode ter sido descoberta, pois ela é universal. Os conhecidos óvnis seriam as naves luzcinéticas vindas de outros mundos até a Terra. As manifestações eletromagnéticas dos óvnis seriam originárias da massa em inerciação das naves, pois massa em inerciação é massa fotonizada e emana eletromagnetismo, na forma de energia invisível e visível, o que responde pela luminosidade dos óvnis. O campo gravitacional da massa de uma nave em inerciação também é inerciativo, o que pode ionizar o ar e este passa a emitir luz. Como o campo gravitacional é inerciativo, fenômenos gravitacionais e magnéticos também acompanham as naves luzcinéticas. A capacidade de manobra dos óvnis também é motivada pela inerciação das naves; em velocidades supersônicas, como 10000 km/h (2 777,777 m/s), uma nave luzcinética que tem capacidade de aceleração de 100 000 km/s² e supertração luzcinética pode alcançar uma velocidade de 10000 km/h em   2,777 • 10-5 s, ou em 11,76 vezes menos tempos, a partir de velocidade zero, assim como parar a partir de velocidade de 10000 km/h em 0,00002777 s e realizar curvas de raio médio de 71,7197 m com velocidade de 10000 km/h, o que geraria uma força centrífuga com aceleração 10978,175 vezes a aceleração da gravidade terrestre, ou realizar curvas de raio médio de 717,197 m a 100000 km/h, que é uma curvatura cuja velocidade geraria uma força centrífuga 109781,807 vezes a aceleração da gravidade. E essa força centrífuga é totalmente compensada pela inerciação da nave, e nenhuma força se manifestará sobre a nave apesar da curvatura fechada em altíssima velocidade — é o controle da inércia. Uma velocidade de 100000 km/h pode ser alcançada, a partir de velocidade zero, em 0,0002777 s (ou em 11,76 vezes menos tempo). Com uma velocidade de 1000000 km/h, o raio médio de curvatura seria de 7171,97 m, o que geraria um força centrífuga de aceleração igual a 1097818,283 vezes a aceleração da gravidade — sem que a nave sofra essa força, pois a inerciação a compensa — e a velocidade de 1000000 km/h seria alcançada em 0,002777s. Para realizar estas

 manobras a nave deve estar no superespaço ou no superverso, com inércia bastante reduzida; possivelmente, a nave será vista a partir do interespaço como uma forma luminosa.

Para atravessar grandes distâncias e chegar à Terra, os óvnis devem viajar através do superespaço ou do superverso (mais provavelmente superespaço), e eles podem vir de mundos distantes situados no mesmo espaço-tempo que o nosso, o interespaço. Se vêm de outros espaços-tempos, os óvnis precisam vencer a velocidade de escape entre os espaços-tempos, o que torna o empreendimento muito mais complicado. Mas o interespaço é muito vasto, e os óvnis podem vir à Terra de mundos distantes situados no nosso próprio espaço-tempo, e apenas utilizam o superespaço ou um hiperespaço artificial para nos alcançar e para realizar suas manobras de vôo. Essa prática de inerciação vinda de fora da Terra se chama inerciexoação. Os motivos por quais os tripulantes dos óvnis, ou, em outra palavra, inerciexoativos, não terem ainda se manifestado publicamente tem seus sérios motivos. Um motivo seria a sua superioridade cultural e tecnológica, tão mais avançada que a nossa cultura e tecnologia que somos para eles como os animais são para nós; além desse motivo ainda existiriam questões éticas, pois diversas raças mais avançadas que a nossa devem conhecer a existência da humanidade terrestre, e nenhuma teria o direito de nos conquistar ou conquistar a Terra, nem o direito de interferir na nossa evolução ou destruição, caso contrário todas teriam o direito, o que geraria conflito.

 

GDM